Catequese

Não desprezar a oração vocal, ela é diálogo com Deus, afirma Papa

Na Catequese desta quarta-feira, 21, Francisco prosseguiu refletindo sobre a oração

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante Audiência Geral na Biblioteca do Palácio Apostólico /Foto: Vatican Media via Reuters

A Catequese do Papa Francisco desta quarta-feira, 21, foi dedicada ao tema da “oração vocal”. O Santo Padre destacou na Audiência Geral que “a oração é diálogo com Deus”.

Enquanto o Regina Coeli voltou a ser realizado com os fiéis na Praça São Pedro, a Catequese das quartas-feiras continua sendo realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico.

Dialogar com Deus

Segundo o Pontífice, todas as criaturas “dialogam” com Deus. Mas no ser humano, a oração torna-se palavra, invocação, cântico, poesia.

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A Palavra divina fez-se carne; e na carne de cada homem a palavra volta a Deus em forma de oração, frisou o Santo Padre.

Nenhum de nós nasce santo

As palavras nascem dos sentimentos, afirmou ainda Francisco, mas há também o caminho inverso: em que as palavras moldam os sentimentos. É por este motivo que a Sagrada Escritura ensina a rezar até com palavras às vezes audazes.

Nenhum de nós nasce santo, constatou o Papa, e no coração do homem existem também sentimentos pouco edificantes, até mesmo o ódio.

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De acordo com o Pontífice, quando estes sentimentos negativos batem à porta é preciso desarmá-los com a oração e com as palavras de Deus. Sem elas, o mundo poderia ser inundando pela violência.

A primeira oração humana é sempre uma recitação vocal, embora seja de conhecimento de todos que rezar não significa repetir palavras. No entanto, observou o Santo Padre, a oração vocal é a mais segura e pode ser praticada sempre.

A oração é uma âncora

A oração dos lábios, sussurrada ou recitada em coro, está sempre disponível. Ela é tão necessária quanto o trabalho manual.

Francisco citou a oração dos idosos, feita no silêncio das igrejas. “Com a oração humilde, estes orantes são frequentemente os grandes intercessores das paróquias: são os carvalhos que de ano para ano alargam os seus ramos, para oferecer sombra ao maior número de pessoas. É como uma âncora: segurar-se na oração para manter-se fiel.”

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Não devemos desprezar a oração vocal, foi a exortação do Papa. O Santo Padre alertou os fiéis para não pensarem que a oração vocal é coisa para crianças ou pessoas ignorantes.

“Não cair na soberba de desprezar a oração vocal, é a oração dos simples, aquela que Jesus nos ensinou. Pai-Nosso, que estais nos céus…”, salientou.

Despertar dos corações

O Pontífice prosseguiu: “As palavras que pronunciamos levam-nos pela mão; às vezes restituem o sabor, despertam até o mais adormecido dos corações; estimulam sentimentos dos quais tínhamos perdido a memória”.

Acima de tudo as palavras, de maneira segura, são as únicas que dirigem a Deus as perguntas que Ele quer ouvir, observou o Papa. “Jesus não nos deixou na névoa. Disse-nos: ‘Eis como deveis rezar!’. E ensinou a oração do Pai-Nosso.”

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