“Deus não é distante é fechado em si próprio, mas é vida que quer comunicar-se, é abertura, é amor que resgata o homem da infidelidade”, disse Francisco
Da redação, com Agência Ecclesia
O Papa Francisco assinalou neste domingo, 11, no Vaticano a solenidade da Santíssima Trindade, que revela um Deus próximo e aberto.
“Deus não é distante é fechado em si próprio, mas é vida que quer comunicar-se, é abertura, é amor que resgata o homem da infidelidade”, disse, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a recitação do Angelus.
Francisco falou num Deus “misericordioso”, “piedoso” e “rico de graça”, que se oferece à humanidade para superar os limites e falhas de cada pessoa, mostrando “o caminho da justiça e da verdade”.
“Jesus manifestou o rosto de Deus, Um na substância e Trino nas pessoas; Deus é todo e só Amor, numa relação subsistente que tudo cria, redime e santifica: Pai e Filho e Espírito Santo”, acrescentou.
O Papa sublinhou que as comunidades cristãs são chamadas a ser um reflexo da Trindade, “da sua bondade e beleza”.
A intervenção referiu-se depois ao diálogo entre Jesus e Nicodemos, relatado pelos Evangelhos, em que se fala da “vida eterna”, ou seja, “o amor gratuito e sem medida do Pai que Jesu deu na cruz”.
“Este amor, com a ação do Espírito Santo, irradiou uma nova luz sobre a terra e em cada coração humano que o acolhe”, prosseguiu Francisco.
No final do encontro, o Papa recordou a beatificação, este sábado, da mística e teóloga Itala Mela (1904-1957), natural da região italiana da Ligúria, que se converteu ao Cristianismo.
“Que ela nos encoraje, durante os nossos dias, a dirigir muitas vezes o pensamento a Deus Pai, Filho e Espírito Santo que vive na cela do nosso coração”, apelou.
Francisco dirigiu ainda uma saudação à comunidade boliviana que vive em Roma, no dia em que celebra a festa de Nossa Senhora de Copacabana, padroeira do país sul-americano.