ENCONTRO

Músicos do Complexo da Maré se encontram com o Papa

Os jovens músicos da orquestra Maré do Amanhã se encontraram com o Papa Francisco ao final da audiência geral desta quarta-feira, 24

Papa Francisco e algumas das integrantes da orquestra Maré do Amanhã, na Audiência Geral desta quarta-feira, 24 / Foto: Alessia Giuliani – Reuters/IPA/Sipa USA

Da redação, com Vatican News

Em sinal de redenção social, os jovens músicos brasileiros da orquestra Maré do Amanhã, sediada no Complexo da Maré, um dos maiores conjuntos de favelas do Rio de Janeiro, apresentaram, durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 24, algumas canções tradicionais argentinas apreciadas pelo Papa. Em especial Adiós Nonino, uma das mais famosas composições de Astor Piazzolla.

“Acredito que a bênção do Papa possa transformar a vida dos meninos. Já conversei com cada um deles para na hora visualizar essa energia passando para o Complexo da Maré. Porque a nossa missão é realmente transformar aquele local. Eles são as nossas ferramentas para essa transformação. E precisam ter essa força, com a benção do Papa, para poderem realizar bem esse trabalho”, afirmou o criador da OMA, Carlos Eduardo Prazeres, quando questionado, no início de janeiro, a respeito deste encontro.

Em 2 de fevereiro, a OMA irá se apresentar no Teatro Tivoli, com entrada livre — um dos maiores palcos de Lisboa.

“Nesse regresso à Europa, não havia como não voltarmos a Portugal, depois de termos sido tão bem recebidos pelo público português. Também ficamos com vontade de mostrar em Lisboa o repertório completo, como nós fizemos nas outras cidades. Os flash mobs foram incríveis. Mas ainda faltava um concerto em Lisboa”, explica Carlos Eduardo, a completar que é na capital do país que está o principal patrocinador da Orquestra Maré do Amanhã, a Galp: “Queremos muito nos apresentar para os funcionários da Galp, a nossa grande parceira, que nos ajuda a realizar os nossos sonhos”.

O maestro Filipe Kochem preparou um alinhamento variado para o concerto no Teatro Tivoli. Haverá muita música popular brasileira, de artistas como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Raul Seixas; além de êxitos do pop internacional, que vão de Michael Jackson aos Foo Fighters. E especialmente para o público lisboeta a orquestra tocará “Uma casa portuguesa”.

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