Entre as primeiras mensagens de condolências, estão do governo da Itália, da Espanha, do Rei Charles III e do presidente americano
Da redação, com Vatican News

Foto: Alessia Giuliani/Hans Lucas via Reuters Connect
Logo após o anúncio da morte do Papa Francisco, nesta segunda-feira, 21, mensagens de condolências de diversas autoridades políticas começaram a chegar no Vaticano. Uma das primeiras foi da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que escreveu através da rede social X:
“Hoje o mundo chora o falecimento de Papa Francisco. Inspirou milhões de pessoas, muito além da Igreja Católica, com a sua humildade e o seu puro amor pelos menos afortunados. Os meus pensamentos estão com todos aqueles que sofrem essa profunda perda. Que possam encontrar conforto na ideia de que o legado do Papa Francisco continuará a nos guiar todos em direção a um mundo mais justo, pacífico e compassivo.”
Pesar do governo da Itália
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, também já se declarou sobre a morte do Papa Francisco: “recebi com grande tristeza pessoal a notícia da morte do Papa Francisco, sentindo o grave vazio que se cria com a perda do ponto de referência que para mim sempre representou”.
O falecimento do Pontífice, continuou o Chefe de Estado , “suscita dor e comoção entre os italianos e em todo o mundo. O seu ensinamento recordou a mensagem evangélica, a solidariedade entre as pessoas, o dever de proximidade com os mais frágeis, a cooperação internacional, a paz na humanidade”.
“A gratidão para com ele”, concluiu Mattarella, “deve ser traduzida com a responsabilidade de trabalhar, como ele fez constantemente, por esses objetivos”.
Por sua vez, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse ter tido “o privilégio de desfrutar da sua amizade, dos seus conselhos e dos seus ensinamentos, que nunca falharam, mesmo em momentos de provação e sofrimento”. E Meloni acrescentou: “nas meditações da Via-Sacra, nos recordou do poder do dom, que faz tudo florescer novamente e é capaz de reconciliar o que, aos olhos do homem, é irreconciliável. E pediu ao mundo, mais uma vez, a coragem de uma mudança de rota, para percorrer um caminho que não destrói, mas cultiva, repara, protege”.
Em entrevista ao canal público de TV da Itália, a RAI, a primeira-ministra acrescentou que, sobre o plano histórico-político, “a sua presença, a primeira vez de um Pontífice no G7, foi única”. No mesmo dia, recordou ela, “além de participar dos trabalhos da cúpula, teve muitos encontros bilaterais, foi também um dia muito cheio de trabalho em que suas palavras surpreenderam todos, comoveram todos: é uma das coisas que fiz nesses dois anos e meio das quais me sinto muito orgulhosa, devido ao significado histórico de um Papa que vem ao G7, e que fala sobre um tema como a inteligência artificial”. E Meloni continuou: “ele lutou conosco para que o homem permanecesse no centro da sociedade”.
Espanha, Reino Unido e Estados Unidos
Da Espanha, a mensagem de pesar do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, que elogiou o “profundo legado” deixado pelo papa Francisco por seu compromisso com a paz e a justiça social: “lamento o falecimento do Papa Francisco. Seu compromisso com a paz, a justiça social e os mais vulneráveis deixa um legado profundo. Descanse em paz”, escreveu o chefe do governo espanhol nas redes sociais após a morte do Pontífice.
O Rei Charles III também prestou homenagem ao Papa Francisco, recordando da sua “compaixão” e compromisso ecumênico em uma mensagem divulgada pelo Palácio de Buckingham em nome da Rainha Camilla também. Há duas semanas, o casal real havia se encontrado com o Pontífice em uma visita privada no Vaticano.
Também o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, postou uma breve declaração em sua conta no Truth Social: “Descanse em paz, Papa Francisco! Que Deus o abençoe e a todos que o amavam!”
Também o vice-presidente dos EUA, James David Vance, que havia se encontrado com Francisco na manhã deste domingo de Páscoa, 20, postou mensagem em sua rede social “X”: “Acabei de saber do falecimento do Papa Francisco. Meu coração está com os milhões de cristãos em todo o mundo que o amavam. Fiquei feliz em vê-lo ontem, embora ele estivesse obviamente muito doente. Mas sempre me lembrarei dele pela homilia abaixo que ele proferiu nos primeiros dias da COVID. Foi realmente muito bonito. Que Deus o tenha em paz”, escreveu.
França, Alemanha, Ucrânia e Rússia
Em mensagem nas mídias sociais, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse: “De Buenos Aires a Roma, Papa Francisco queria que a Igreja levasse alegria e esperança aos mais pobres entre os pobres. Unir as pessoas entre si e com a natureza. Que essa esperança possa crescer incessantemente além dele”.
O primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz, afirmou: “Francisco será lembrado por seu incansável compromisso com os membros mais frágeis da sociedade, da justiça e da reconciliação. A humildade e a fé na misericórdia de Deus eram seus princípios orientadores”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em mensagem: “Ele sabia dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. Choramos junto aos católicos e a todos os cristãos que buscaram apoio espiritual no Papa Francisco”.
Também o presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou um telegrama ao Vaticano, publicado no site do Kremlin, destacando que o Papa Francisco foi uma “pessoa excepcional”, um “grande defensor da justiça e da humanidade” que “promoveu o diálogo entre a Igreja Católica de Roma e aquela ortodoxa russa”. Putin destacou ainda que o Pontífice tinha grande autoridade internacional como “um fiel servidor do ensinamento cristão, sábio religioso e estadista, defensor coerente dos altos valores do humanismo e da justiça” e lembrou que “durante o seu pontificado, promoveu ativamente a interação construtiva entre a Rússia e a Santa Sé”.
Israel, Argentina, Índia e Austrália
O presidente de Israel, Isaac Herzog, enviou condolências ao mundo cristão e, em particular, às comunidades cristãs na Terra Santa. “Homem de profunda fé e paixão sem limites”, escreveu Herzog em seu perfil no X, Francisco “dedicou a sua vida a consolar os pobres e a clamar pela paz em um mundo atormentado”. O desejo do presidente israelense é que as orações do Papa pelo fim dos conflitos no Oriente Médio “e pelo retorno dos reféns sejam atendidas em breve”.
O presidente da Argentina, Javier Milei, lamentou, nas redes sociais, a morte de seu compatriota e afirmou que apesar das diferenças entre os dois, “hoje parecem mínimas”, poder encontrar o Papa “na sua gentileza e sabedoria” foi “uma verdadeira honra”.
O presidente da Índia, Narendra Modi, relembrou nas mídias sociais os encontros com o Papa e o seu “compromisso por um desenvolvimento inclusivo e abrangente. A sua afeição pelo povo indiano permanecerá sempre viva”.
E o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, declarou em discurso transmitido pela televisão nacional que todas as bandeiras seriam hasteadas a meio mastro nos prédios do governo nesta terça-feira, 22, em sinal de respeito ao falecido Pontífice. Para os católicos australianos, ele foi um “um pai amoroso”, disse Albanese. “Papa Francisco viveu a sua fé e a sua vocação com palavras e ações. Foi realmente fonte de inspiração.”