Papa Francisco explica que são necessários dois requisitos para ter acesso ao coração de Jesus
Da redação, com Boletim da Santa Sé
No Angelus deste primeiro domingo de julho, 1º, o Papa Francisco destacou que Jesus é a fonte da vida, que devolve a vida aos que confiam plenamente Nele. O Santo Padre refletiu sobre o Evangelho segundo São Marcos (cf. Mc 5, 21-43), que apresenta dois milagres realizados por Jesus.
Primeiro, o evangelista fala de Jairo, um dos líderes da Sinagoga, que suplica a Jesus para ir à sua casa, pois sua filha de 12 anos estava morrendo. Jesus aceita e vai com ele, mas ao longo do caminho, vem a notícia que a menina faleceu.
“Podemos imaginar a reação daquele pai. Jesus porém disse: ‘não tenha medo, apenas tenha fé”, recordou. Ao chegar na casa de Jairo, Jesus manda todos saírem e entra no quarto somente com seus pais e os discípulos. E dirigindo-se à falecida, diz: “Menina, levanta-te”. E ela imediatamente levantou como se despertasse de um sono profundo.
Dentro da história deste milagre, o evangelista insere outro: a cura de uma mulher que sofria de hemorragia e foi curada assim que tocou no manto de Jesus.
O Papa explicou que se trata de duas histórias interligadas por um único centro, a fé. E mostra Jesus, a fonte da vida, aquele que devolve a vida àqueles que confiam Nele plenamente. Os dois protagonistas não são discípulos de Jesus, mas ainda assim ficam satisfeitos pela sua fé.
“A partir disso comprAndemos que todos são admitidos no caminho do Senhor. Ninguém deve sentir-se como um intruso, uma pessoa abusiva ou alguém que não tem direito. Para ter acesso ao coração de Jesus existe somente dois requisitos: sentir necessidade de cura e confiar Nele”, afirmou o Pontífice.
E dirigindo-se aos fiéis, o Papa questionou se alguém sentia necessidade de cura de alguma coisa, algum pecado ou problema. “Se você sente isso, tenha fé em Jesus!”.
“Jesus descobre essas pessoas no meio da multidão e as tira do anonimato. Liberta-as do medo de viver e de ousar. E faz isso com um olhar e uma palavra que as coloca em caminho, depois de tantos sofrimentos e humilhações. Nós também somos chamados a aprender e imitar essas palavras que libertam e esses olhares que restituem, a quem é privado disso, o desejo de viver”.
O Papa concluiu afirmando que nesta página do Evangelho, os temas da fé e da vida nova que Jesus oferece a todos se entrelaça e alerta para o que deve causar medo, de fato.
“Jesus é o Senhor, diante Dele a morte física é como um sono. Não há motivo para desesperar-se. Outra morte da qual ter medo é a do coração endurecido pelo mal. Essa sim temos que ter medo. (…) Essa é a morte do coração. Mas também o pecado, o coração mumificado, para Jesus nunca é a última palavra. Porque Ele nos trouxe a infinita misericórdia do Pai”.