Presidente da conferência episcopal pediu a políticos que não instrumentalizem a viagem do Papa, que tem cunho pastoral
Da Redação, com Rádio Vaticano
A viagem que o Papa Francisco fará à Colômbia de 6 a 11 de setembro próximo é pastoral, não política, afirma a Igreja no país. O presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, enviou uma mensagem aos políticos pedindo que não instrumentalizem a visita do Papa ao país.
A mensagem foi enviada depois que a Santa Sé divulgou, na semana passada, a data da viagem de Francisco e seu roteiro no país. “O Papa jamais condicionaria sua visita pastoral a uma motivação política. Pois bem, é um momento muito oportuno para se dirigir a Deus, para nos sentirmos mais próximos Dele, para ver no que podemos mudar, naquilo que podemos melhorar, para ser pessoas melhores, comunidades melhores e um país melhor”, declarou Dom Castro Quiroga à Rádio Caracol.
O arcebispo acrescentou que a melhor face que o país pode apresentar ao Papa é o pleno desarmamento das Farc.
O secretário do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, o colombiano Dom Octavio Ruiz, garantiu que Francisco chegará com uma mensagem de paz, de perdão e de solidariedade para com as vítimas da violência.
O colombiano com cargo mais alto no Vaticano afirmou que o Papa tem interesse em acompanhar todos os que estão lutando para acabar com o conflito armado. “Ele vem para animar a ação pastoral, a aproximação ao Senhor e renovar a nossa fé cristã”, afirmou Dom Octavio, acrescentando que Francisco pediu para visitar uma prisão colombiana, como normalmente faz em suas viagens.
A data da viagem papal à Colômbia foi anunciada pela Sala de Imprensa da Santa Sé na última sexta-feira, 10. A viagem será de 6 a 11 de setembro e o Papa visitará as cidades colombianas de Bogotá, Villavicencio, Medellín e Cartagena.