Diretor de imprensa da Santa Sé repassou programação do Papa Francisco em sua 21ª viagem internacional
Da Redação, com Rádio Vaticano
Em sua 21ª viagem apostólica, o Papa Francisco levará a Mianmar e Bangladesh uma mensagem de reconciliação, perdão e paz, disse o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke. A viagem ao continente asiático foi a pauta de um briefing nesta quarta-feira, 22, no Vaticano.
Burke recordou o programa da viagem já divulgado e acrescentou algumas informações, como um encontro privado com o chefe do exército birmano, o general Min Aung Hlaing. Ele também revelou que durante o encontro inter-religioso e ecumênico pela paz, programado para 1º de dezembro na capital Daca, em Bangladesh, estará presente um grupo de refugiados rohingya.
Entre as pessoas que farão parte da comitiva papal, haverá um funcionário leigo da Tipografia Vaticana. Em ambos os países, Francisco viajará em carro fechado, não blindado. Em Mianmar, o Papa ficará no arcebispado, já e Bangladesh, na sede da nunciatura.
“Em todos os dois países, é uma viagem nas periferias. Papa Francisco fala tanto das periferias e esta é verdadeiramente periferia: um pouco pela distância, um pouco também pela comunidade católica, muito pequena, em todos os dois países”, afirmou Burke.
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A pobreza é um dos desafios enfrentados pelos países. O diretor de imprensa da Santa Sé observou que, somente recentemente, Bangladesh passou de país “subdesenvolvido” para país “em via de desenvolvimento”. Nesse sentido, ele considerou que é ainda mais forte a mensagem de esperança que chega do Papa quando vai a lugares tão pobres como esses.
“Há outro elemento muito importante e é aquele inter-religioso. Mianmar é, em grande parte, um país budista. E Bangladesh é um país oficialmente islâmico. Também aqui o Papa quer demonstrar, outra vez, o significado da religião para a paz e para a reconciliação”.
A viagem também será uma oportunidade do Papa confirmar na fé as comunidades católicas – que são minorias – desses dois países. Burke destacou que um aspecto muito importante dessa viagem é justamente em nível pastoral. “Vimos tantas vezes o Papa que vai tão longe para ver uma comunidade tão pequena. É certamente uma grande ajuda, é um modo de reforçá-los na fé”.
Burke comentou ainda alguns compromissos centrais das duas viagens. “Em Mianmar, o encontro com os budistas será muito importante. Em Bangladesh haverá aquele inter-religioso. Voltamos a este tema das relações pacíficas entre as religiões. Em todos os dois países é interessante que o Papa conclui a sua visita com o encontro com os jovens”.
Francisco embarca neste domingo, 26, rumo a Mianmar, primeira etapa da viagem. Lá ele permanece até 30 de novembro, quando segue para Bangladesh. O retorno ao Vaticano será em 2 de dezembro.