Guarda Suíça presta serviço ao Papa e foi fundada em 1506 pelo pontífice Júlio II
Da redação, com Vatican News
As celebrações em homenagem aos 34 novos recrutas da Guarda Suíça começaram ainda nesta quarta-feira, 5, com uma programação que vai culminar com a cerimônia do juramento no final da tarde desta quinta-feira, 6, no Pátio São Dâmaso, no Vaticano.
O evento está marcado para às 17h, na Itália (12h no horário de Brasília), sem público externo, devido às restrições da pandemia. Será transmitido on-line – e com comentários em português – pelo site oficial da Guarda Suíça. A data é histórica porque recorda a memória de 147 soldados que perderam a vida em defesa do Papa Clemente VII, durante a invasão e o saque a Roma pelos bárbaros, em 1527.
A audiência com o Papa
Na audiência especial com o Papa na Sala Clementina, no final da manhã desta quinta-feira, 6, Francisco se dirigiu a familiares, oficiais e membros do menor e mais antigo exército do mundo, fundado pelo Papa Júlio II em 1506. O Papa enalteceu que “os lugares onde os novos recrutas são chamados a servir estão carregados de história”. De fato, com a finalidade primordial de prestar serviço ao Papa sendo responsáveis pela sua segurança pessoal, os soldados são encarregados de vigiar as entradas do Vaticano, participar das cerimônias oficiais e visitas de Estado, além de custodiar o Colégio Cardinalício durante a Sé Vacante.
Desde a criação da Guarda Suíça, “muitos jovens realizaram com empenho e fidelidade aquela peculiar missão” que continuam desempenhando até hoje: “alguns chegaram ao ponto de sacrificar a própria vida para defender o Papa”, lembrou Francisco. Além disso, o Pontífice falou do apreço pelos jovens que optam “por dedicar alguns anos de suas vidas no generoso serviço ao Sucessor de Pedro e à comunidade eclesial”.
“O Senhor às vezes chama alguns de vocês a segui-lo no caminho do sacerdócio ou da vida consagrada, encontrando um terreno disponível cultivado precisamente durante o tempo de serviço na Guarda. Outros, entretanto, seguem a vocação conjugal e formam uma própria família. Agradeço com vocês ao Senhor, fonte de todo bem, pelos vários dons e vocações que Ele lhes confia, e rezo para que aqueles que agora estão começando o serviço possam responder plenamente ao chamado de Cristo, seguindo-o com fiel generosidade.”
A Guarda Suíça e os peregrinos
O Papa Francisco também disse apreciar a “capacidade de combinar os aspectos profissionais e aqueles espirituais, expressando assim a devoção e fidelidade à Sé Apostólica”. O desejo, enfim, do Pontífice para que os novos recrutas aproveitem o novo período dentro da Guarda Suíça para aprofundar “a fé e um amor ainda mais forte pela Igreja”, refletidos no contato com os turistas que chegam no Vaticano:
“Os peregrinos e turistas que vêm a Roma têm a oportunidade de experimentar a cortesia e a disponibilidade dos guardas nas diversas entradas da Cidade do Vaticano. Nunca se esqueçam dessas qualidades que representam um belo testemunho e são um sinal de acolhimento da Igreja.”