Homilia no Advento

Fé cristã não é uma teoria, mas o encontro com Jesus, diz Papa

Na homilia de hoje, no tempo do Advento, Papa indicou três formas de ir ao encontro com Jesus

Da Redação, com Rádio Vaticano 

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A fé cristã não é uma teoria ou uma filosofia, mas é o encontro com Jesus. Foi o que destacou o Papa Francisco ao presidir a Missa na capela da Casa Santa Marta nesta segunda-feira, 28, no início do Tempo do Advento.

Em sua homilia, o Pontífice observou que, neste período do ano, a Liturgia propõe inúmeros encontros de Jesus: com a sua Mãe no ventre, com São João Batista, com os pastores, com os Magos. Tudo isso diz que o Advento é um tempo para caminhar e ir ao encontro com o Senhor, isto é, um tempo para não ficar parado. Portanto, cada um deve se perguntar como ir ao encontro de Jesus.

“Na oração no início da Missa, a Liturgia nos fala de três atitudes: vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Ou seja, devo rezar com vigilância; devo ser operante na caridade – a caridade fraterna: não somente dar esmola, não; mas também tolerar as pessoas que me incomodam, tolerar em casa as crianças quando fazem muito barulho, ou o marido ou a mulher quando estão em dificuldade, ou a sogra… não sei…mas tolerar. Sempre a caridade, mas operante. E também a alegria de louvar o Senhor: ‘Exultantes na alegria’. Assim devemos viver este caminho, esta vontade de encontrar o Senhor. Para encontrá-lo bem. Não ficar parados. E encontraremos o Senhor”.

Deus também não está parado, ressaltou o Santo Padre. “Eu estou em caminho para encontrá-Lo e Ele está em caminho para me encontrar. E quando nos encontramos, vemos que a grande surpresa é que Ele está me procurando antes que eu comece a procurá-lo”.

Esta é a grande surpresa do encontro com o Senhor, explicou Francisco. Deus sempre antecede o homem no encontro, Ele é sempre o primeiro, Ele percorre o seu caminho para encontrar o homem.
“Nós fazemos um passo e Ele faz dez. Sempre. A abundância de sua graça, de seu amor, de sua ternura não se cansa de nos procurar, também, às vezes, com coisas pequenas: Pensamos que encontrar o Senhor seja algo magnífico, como aquele homem da Síria, Naamã, que tinha hanseníase. Ele também teve um surpresa grande da maneira de Deus agir. O nosso é o Deus das surpresas, o Deus que está nos procurando, nos esperando, e nos pede somente o pequeno passo da boa vontade”.

Francisco destacou que Deus acompanhará o homem durante toda a sua vida; muitas vezes verá o homem se distanciar Dele, mas saberá esperar como o pai do Filho Pródigo. “Muitas vezes verá que queremos nos aproximar e sairá ao nosso encontro. É o encontro com o Senhor: isto é importante! O encontro. Sempre me impressionou o que o Papa Bento XVI disse: que a fé não é uma teoria, uma filosofia, uma ideia: é um encontro. Um encontro com Jesus. Caso contrário, se você não encontrou a sua misericórdia pode até rezar o Credo de cor, mas não ter fé”.

“Os doutores da lei sabiam tudo, tudo sobre a dogmática daquele tempo, tudo sobre a moral daquele tempo, tudo. Não tinham fé, porque o seu coração tinha se distanciado de Deus. Distanciar-se ou ter o desejo de ir ao encontro. Esta é a graça que nós hoje pedimos. Ó Deus, nosso Pai, suscite em nós a vontade de ir ao encontro de Cristo, com as boas obras. Ir ao encontro de Jesus. Por isso, recordamos a graça que pedimos na oração, com a vigilância na oração, operantes na caridade e exultantes no louvor. Assim, encontraremos o Senhor e teremos uma linda surpresa”.

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