Francisco enviou mensagem a participantes de congresso latino-americano sobre vulnerabilidade e abuso na qual destaca promoção da integridade moral
Da Redação, com Vatican News
Nesta terça-feira, 12, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do 3º Congresso Latino-americano “Vulnerabilidade e Abuso”. O evento promovido pelo CEPROME acontece no Panamá e se estende até a quinta-feira, 14.
No texto, o Pontífice confia a Deus as atividades realizadas pelo grupo para que continuem avançando na erradicação do flagelo dos abusos em todas as áreas da sociedade. Ele recorda seu encontro com uma delegação do conselho em 25 de setembro do ano passado, no qual evidenciou o compromisso da Igreja em ver, em cada uma das vítimas, o rosto de Jesus sofredor. Da mesma forma, ele ressaltou a necessidade de colocar aos pés de Cristo o sofrimento recebido e causado, pedindo pelos pecadores e por sua conversão.
O Santo Padre renova o seu apelo, convidando mais uma vez aqueles que trabalham nesta causa a encarar esta problemática com os olhos de Deus e dialogar com ele. “Este olhar divinizado pode ajudar na nossa compreensão da vulnerabilidade”, expressa, frisando que Deus aponta para uma mudança absoluta de mentalidade, “baseada na capacidade de acolher a graça que nos é dada por Deus e de nos tornarmos dom para os outros”.
Erradicar proteção a abusadores
Na sequência, Francisco adverte que enxergar a própria fraqueza como uma desculpa para deixar de ser cristãos completos cria pessoas infantis e ressentidas, distantes da pequenez a qual Jesus chama. Por outro lado, a fortaleza de reconhecer as próprias debilidades e confiar na graça do Senhor (cf. 2Co 12,8-10) capacita o ser humano a enfrentar as contradições da vida e contribuir para o bem comum na vocação a que é chamado.
O Pontífice enfatiza que o trabalho de prevenção deve “erradicar as situações que protegem aqueles que se escondem atrás da sua posição para se imporem aos outros de forma perversa, mas também compreender porque são incapazes de se relacionar com os outros de forma saudável”. Ele observa que não dá para ficar indiferente à razão pela qual algumas pessoas “aceitam ir contra sua consciência”.
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“Humanizar as relações em qualquer sociedade, inclusive na Igreja”, prossegue, “significa trabalhar arduamente para formar pessoas maduras e coerentes que, firmes em sua fé e em seus princípios éticos, sejam capazes de enfrentar o mal, testemunhando a verdade com letras maiúsculas.”
Por fim, o Santo Padre indica que “uma sociedade que não se baseia nessas premissas de integridade moral será uma sociedade doente, com relações humanas e institucionais pervertidas pelo egoísmo, pela desconfiança, pelo medo e pelo engano”.