Tema da homilia desta terça-feira, 6, o Evangelho do dia, extraído do capítulo 14 de Lucas, é sobre os convidados que rejeitaram o banquete
Da redação, com Vatican News
O Papa Francisco começou a terça-feira, 6, celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta. O tema da homilia foi o trecho do Evangelho do dia, extraído do capítulo 14 de Lucas, sobre os convidados que rejeitaram o banquete. Durante reflexão, Francisco afirmou: “Entrará no Reino de Deus quem não recusa Jesus ou quem não é rejeitado por Ele”.
A narração é sobre um almoço, que um chefe dos fariseus organizou e ao qual Jesus também foi convidado. Naquela ocasião, narra o Evangelho de ontem, cujo de hoje é a continuação, Jesus tinha curado um doente e observou que muitos convidados tentavam ocupar os primeiros lugares. E recomendou ao fariseu que convidasse para o almoço os últimos, aqueles que não poderiam retribuir o favor.
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A um certo ponto, no banquete – início do Evangelho de Lucas –, um dos comensais exclama: “Feliz aquele que come o pão no Reino de Deus!”. É o trecho da rejeição dupla, disse o Papa. Jesus então conta a história de um homem que pede um grande jantar e faz muitos convites. Os seus servos dizem aos convidados: “Vinde, pois tudo está pronto!”. Francisco revela que todos começam a arrumar desculpas para não ir. “É sempre desculpas. Eles se desculpam”, frisou.
Desculpar-se é a palavra educada para não dizer: “Rejeito”, disse o Papa. Então o patrão fica zangado e diz ao empregado para sair pelas praças e ruas da cidade, obrigando os aleijados, cegos e coxos a participar. E o trecho do Evangelho termina com a segunda rejeição, mas desta vez da boca de Jesus. (…). “Quem recusa Jesus, Jesus espera, dá uma segunda oportunidade, talvez uma terceira, uma quarta, quinta.. Mas no final recusa Jesus”, apontou o Santo Padre.
“A rejeição também deve nos fazer pensar nas vezes que Jesus nos chama; nos chama a fazer festa com Ele, a estar perto Dele, mudar de vida. Pensem que ele busca seus amigos mais íntimos e eles O rejeitam! Depois busca os doentes…e vão; talvez alguém rejeita. Mas quantas vezes nós sentimos a chamada de Jesus para ir até Ele, para fazer uma obra de caridade, para rezar, para encontra-Lo e nós dizemos: ‘Mas desculpe, Senhor, estou atarefado, não tenho tempo. Sim, amanhã, não posso…’ E Jesus fica ali”, alertou o Pontífice.
O Papa questionou os fiéis sobre quantas vezes é pedido desculpas a Jesus quando Ele chama seus filhos para um encontro, uma bela conversa, e comentou: “Também nós rejeitamos o convite de Jesus”. Francisco prosseguiu refletindo: “Cada um de nós pense: na minha vida, quantas vezes senti a inspiração do Espírito Santo a fazer uma obra de caridade, a encontrar Jesus naquela obra de caridade, ir rezar, de mudar de vida nisto, nisto que não vai bem? E sempre encontrei um motivo para me desculpar, para rejeitar”.
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Para quem diz que Jesus é bom e perdoa tudo, o Papa observou: “Sim, é bom, é misericordioso” – é misericordioso, mas é justo. Se você fecha a porta do seu coração, Ele não pode abri-la, porque respeita o nosso coração. Rejeitar Jesus é fechar a porta a partir de dentro e Ele não pode entrar”.
Há outro elemento que o Papa observa: “Quem paga o banquete?”. “É Jesus!”, respondeu o Pontífice. Segundo o Santo Padre, o Apóstolo na Primeira Leitura mostra o “recibo da festa”, ao falar que Jesus esvaziou-se a si mesmo, assumindo uma condição de servo e fazendo-se obediente até a morte na cruz. “Com a sua vida Jesus pagou a festa. (…) Que o Senhor nos dê a graça de entender este mistério da dureza de coração, de obstinação, de rejeição e a graça de chorar”, concluiu.