Viagem Apostólica

Em sua 36ª viagem, Papa Francisco chega a Malta

Nesta viagem apostólica, o Sumo Pontífice confirmará na fé os presentes na ilha em que Paulo iniciou sua obra de evangelização

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco acena ao chegar ao Palácio do Grão-Mestre, em Valetta durante sua visita apostólica a Malta / Foto Vatican Media Handout via Reuters

Neste sábado, 2, o Papa Francisco chegou ao Aeroporto Internacional de Malta às 9h50, e foi saudado ainda dentro do avião pelo núncio apostólico Dom Alessandro D’Errico e pelo chefe do protocolo. 

O Pontífice foi recebido na pista do Aeroporto pelo presidente da República George Vella, sua esposa e por duas crianças que lhe ofereceram flores, vestidas com hábitos tradicionais. As delegações foram apresentadas, hinos foram entoados com a passagem pela Guarda de Honra. Não teve discursos.

O presidente da república e sua esposa acompanharam o Papa até a Presidential Lounge and Ministerial CIP Lounge, antes de se dirigirem para o encontro com as autoridades no Palácio Presidencial, lugar do primeiro discurso de Francisco em terras maltesas. 

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O Papa fez uma breve saudação aos jornalistas durante o voo. Ao ser indagado por Claudio Lavanga, respondeu que uma eventual viagem a Kiev é uma proposta que está sendo levada em consideração. 

A dor de um migrante em um quadro

Francisco recebeu de Eva Fernández uma pintura feita por um migrante nigeriano, Daniel Jude Okeoguale. A obra retrata o dia em que seu bote de borracha naufragou no Mediterrâneo, e o migrante não pôde salvar os seus amigos. Francisco que já havia recebido uma pintura sua em outra ocasião, reconheceu seus traços. Um testemunho da tragédia escrito em espanhol acompanhava o quadro. 

O artista afirma no escrito que não estaria certo de que esta pintura reflita como realmente ele se sente, pois seu coração estava a sangrar: “Parte de minha alma foi arrancada no dia do naufrágio. Por mais que tenha estendido minhas mãos, não pude salvar meus irmãos da morte. O único que poderia ter puxado para o bote não quis que o salvasse quando se deu conta de que não poderia resgatar a todos os outros. 

O artista ainda contou que seu desejo era ganhar dinheiro na Europa para poder ajudar sua mãe na Nigéria: “Outro de meus irmãos queria ser um jogador de futebol profissional. Outro sonhava em ser artista. Naquela noite, diante de meus olhos, se afogaram no Mediterrâneo. Estou muito triste, porém prometo que não quero chorar.”

No domingo, 3, o Papa tem um encontro marcado com os migrantes acolhidos na ilha e entre os que irão saudá-lo está Daniel. 

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