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Verdadeiro antídoto

Em encontro com avós e netos, Papa destaca sentido e riqueza do amor

Francisco afirmou que o amor torna as pessoas melhores, mais ricas e mais sábias, em todas as idades, e destacou para as frases falsas que enganam as pessoas e criam a solidão

Da redação, com Vatican News

Papa durante encontro com avós, idosos e netos, na Sala Paulo VI, no Vaticano, no evento promovido pela Fundação “Età Grande” / Foto: REUTERS/Remo Casilli

“Quando vocês, avós e netos, idosos e jovens, estão juntos, quando se veem e se ouvem com frequência, quando cuidam uns dos outros, o amor de vocês é um sopro de ar puro que refresca o mundo e a sociedade e nos torna todos mais fortes, para além dos laços de parentesco”. A afirmação foi feita pelo Papa Francisco, neste sábado, 27, ao receber em audiência na Sala Paulo VI, no Vaticano, avós, idosos e netos, no evento promovido pela Fundação “Età Grande”.

O encontro “A carícia e o sorriso”, que teve a participação de numerosos personagens do mundo do espetáculo, reuniu representantes das duas gerações para promover a pessoa idosa e o seu papel no mundo de hoje.

“É bom recebê-los aqui, avós e netos, jovens e idosos. Hoje vemos, como diz o Salmo, como é bom estarmos juntos (Sl 133). Basta olhar para vocês para perceber isso, pois há amor entre vocês, convidando os presentes a refletir sobre isso, sobre o fato de que o amor nos torna melhores, mais ricos e mais sábios, em todas as idades”, destacou o Papa.

“O amor nos torna melhores”

Francisco enfatizou, em primeiro lugar, que o amor torna as pessoas melhores. “Vocês também demonstram isso, que se tornam melhores reciprocamente ao se amarem. E digo isso a vocês como ‘avô’, com o desejo de compartilhar a fé sempre jovem que une todas as gerações”.

O Santo Padre lembra que recebeu a fé de sua avó, com quem aprendeu pela primeira vez sobre Jesus, sobre Seu amor por cada um e seus ensinamentos de estar próximos uns dos outros.

“Foi com ela que ouvi a história daquela família em que havia um avô que, por não comer mais bem à mesa e se sujar, foi mandado embora, colocado para comer sozinho. Não era uma coisa boa, na verdade, era muito ruim! Então, o neto ficou alguns dias mexendo em martelos e pregos e, quando seu pai perguntou o que ele estava fazendo, ele respondeu: ‘Estou construindo uma mesa para o senhor, para que possa comer sozinho quando ficar velho! Isso minha avó me ensinou, e nunca mais esqueci”, recordou.

Francisco enfatizou que é somente “estando juntos com amor”, sem excluir ninguém, que a pessoa se torna melhor, mais humana!

“Não só isso, mas você também se torna mais rico. Nossa sociedade está repleta de pessoas especializadas em muitas coisas, ricas em conhecimento e meios úteis para todos. Se, no entanto, não houver compartilhamento e cada um pensar apenas em si mesmo, toda a riqueza se perderá, tornando-se, de fato, um empobrecimento da humanidade”, disse.

Risco da fragmentação e egoísmo

O Papa destacou que esse é um grande risco para os tempos atuais: a pobreza da fragmentação e do egoísmo. E citou como exemplo expressões usadas no dia a dia como: “mundo dos jovens”, “mundo dos velhos”, ou “mundo disso e daquilo”.

“Mas o mundo é apenas um! E é composto de muitas realidades que são diferentes justamente para que possam se ajudar e se complementar: gerações, povos e todas as diferenças, se harmonizadas, podem revelar, como as faces de um grande diamante, o maravilhoso esplendor do homem e da criação. Isso também é o que o fato de vocês estarem juntos nos ensina: não deixar que a diversidade crie fendas entre nós! Não pulverizar o diamante do amor, o mais belo tesouro que Deus nos deu”, enfatizou.

Francisco lembro que é comum as pessoas ouvirem frases como “pense em você!”, “não precise de ninguém!”. E alertou: “Essas são frases falsas, que enganam as pessoas, fazendo-as acreditar que é bom não depender dos outros, fazer por si mesmas, viver como ilhas, enquanto essas são atitudes que apenas criam muita solidão”.

“O amor nos torna sábios”

O último aspecto da reflexão do Santo Padre foi o “amor que nos torna mais sábios”. Nesse sentido, ele destacou que os avós são “a memória de um mundo sem memória” e, quando a sociedade perde a memória está acabada.

“Ouça-os, especialmente quando eles lhe ensinarem, por meio de seu amor e testemunho, a cultivar os afetos mais importantes, que não são obtidos pela força, não aparecem pelo sucesso, mas preenchem a vida”, disse o Papa aos netos.

Por fim, antes de despedir-se, o Santo Padre deixou-lhes uma forte exortação: “Procurem seus avós e não os marginalize, para o próprio bem de vocês: ‘A marginalização dos idosos (…) corrompe todas as estações da vida, não apenas a da velhice’. Vocês, por outro lado, aprendem a sabedoria do seu forte amor, e também da sua fragilidade, que é um ‘magistério’ capaz de ensinar sem a necessidade de palavras, um verdadeiro antídoto contra o endurecimento do coração: isso os ajudará a saborear a vida como um relacionamento”.

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