Ecumenismo

Papa: “Devemos caminhar juntos, orar juntos e trabalhar juntos”

Francisco discursou aos participantes do XXVI Colóquio Ecumênico Paulino, ressaltando a produção conjunta de conhecimento bíblico e espiritual

Da Redação, com Vatican News

Foto: Vatican Media­Handout via REUTERS

Nesta quarta-feira, 14, o Papa Francisco fez um discurso durante o XXVI Colóquio Ecumênico Paulino. O encontro aconteceu no Palácio do Vaticano e, na ocasião, o Pontífice fez um discurso aos participantes do evento.

O Santo Padre relembrou a origem do colóquio, que surgiu logo após o Concílio Vaticano II, a partir de um grupo de estudiosos provenientes de vários países e de diferentes tradições cristãs. Desde então, o evento bienal tem contribuído com um “caminho intenso” de estudos, produzindo conhecimento bíblico e espiritual de São Paulo.

“Esta é a grande contribuição do Colóquio: o encontro entre diferentes grupos de cristãos, mas unidos pela sabedoria do Magistério Paulino; o diálogo entre diferentes pontos de partida, que buscam um terreno comum a partir da Escritura; a comparação exegética rigorosa e erudita, que encontra seu leito vital em um contexto de oração e espiritualidade, de modo que a beleza do epistolário do Apóstolo e sua importância para a vida cristã e eclesial possam emergir”, descreveu o Papa.

Aspecto profético do encontro

Ele destacou também como a iniciativa é corajosa e profética. Com a coragem de superar as barreiras da desconfiança em relação ao outro, o Espírito Santo manifesta sua “impaciência”, à qual todos os cristãos são chamados para que a jornada rumo à plenitude da unidade prossiga e o compromisso de testemunhar não diminua.

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“Se, ao longo da história, as divisões foram causa de sofrimento, hoje devemos nos comprometer a reverter o curso, progredindo nos caminhos da unidade e da fraternidade, que começam justamente pela oração, pelo estudo e pelo trabalho conjunto”, expressou Francisco.

Diálogo e fraternidade

Falando sobre o trecho escolhido para reflexão no colóquio deste ano – extraído da carta de São Paulo aos Romanos –, o Pontífice ressaltou seu apoio a esse trabalho do diálogo acadêmico, bíblico, espiritual e fraterno por meio da esperança. Ele também exortou todos os participantes a se deixarem maravilhar “pelos inúmeros recursos espirituais contidos nas Epístolas Paulinas, para oferecer às comunidades cristãs ‘palavras novas’, capazes de comunicar a bondade misericordiosa do Pai, a atualidade da salvação de Cristo, a esperança renovadora do Espírito”.

Ao final do discurso, o Santo Padre afirmou que, muitas vezes, é através do esforço do trabalho que cresce, entre os cristãos, o espírito ecumênico, de diálogo e fraternidade. “Devemos caminhar juntos, orar juntos e trabalhar juntos. O verdadeiro ecumenismo é feito por meio da caminhada. Não tenham medo disso. Sirvam os pobres, ajudem as comunidades cristãs e também as comunidades não cristãs. Caminhem e sirvam”, encerrou Francisco, convidando todos a rezar o Pai Nosso em seu próprio idioma.

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