BENEDITINOS

Papa: “continuem a dilatar o coração e a entregá-lo, todos os dias, a Deus”

Francisco recebeu participantes do 5° Congresso Mundial dos Oblatos Beneditinos nesta sexta-feira, 15, e discursou sobre características do espírito beneditino

Da Redação, com Vatican News

Papa Francisco /Foto: Vatican Media /IPA/ Sipa/ USA via Reuters

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira, 15, os participantes do 5° Congresso Mundial dos Oblatos Beneditinos. O encontro aconteceu na Sala Clementina, onde o Pontífice fez um discurso para os religiosos.

No início de sua fala, o Santo Padre recordou o convite de São Bento a ter um “coração dilatado pela soberania indescritível do amor”, característico do espírito beneditino, e refletiu três aspectos sobre essa dilatação do “coração”: a busca de Deus, a paixão pelo Evangelho e a hospitalidade.

“A vida beneditina é marcada, antes de tudo, por uma busca constante de Deus, de sua vontade e das maravilhas que Ele realiza”, sinalizou o Papa. Ele indicou que essa procura se dá pela leitura da Palavra, mas também na contemplação da criação, “deixando-se questionar pelos acontecimentos diários, vivendo seu trabalho como oração”.

Paixão pelo Evangelho

No chamado a doar a própria vida, plena e intensamente, os beneditinos são levados também a “transformar, onde vivem, os contextos cotidianos, agindo como fermento na massa, com competência e responsabilidade, e ao mesmo tempo com mansidão e compaixão”, destacou Francisco.

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Este cuidado nasceu justamente da paixão pelo Evangelho, segundo ponto citado. E, diante de um mundo cada vez mais fragmentado, apressado e dedicado ao consumismo, o Santo Padre citou que “não há necessidade de cristãos que apontem o dedo, mas de testemunhas apaixonadas que irradiem o Evangelho ‘na vida através da vida’”.

Acolher

A terceira característica descrita pelo Pontífice foi a hospitalidade. Ele recordou a Regra Beneditina, na qual São Bento dedica um capítulo inteiro ao tema, e listou algumas atitudes concretas que podem ser praticadas: ir ao encontro, demonstrar seu amor, rezar juntos e entrar em comunhão com o hóspede.

“Como Oblatos, seu grande mosteiro é o mundo, a cidade, o local de trabalho, e ali vocês são chamados a serem modelos de hospitalidade no respeito por quem bate à sua porta e na predileção pelos pobres. Acolher é isso: a tentação é fechar-se, e hoje, na nossa civilização, na nossa cultura, na cultura cristã, uma das formas de fechar-se é fofocando (…). Como beneditinos a sua língua é para louvar a Deus, não para falar mal dos outros”, alertou o Papa.

Encerrando seu discurso, Francisco agradeceu a Deus “pela grande herança de santidade e sabedoria da qual são depositários” os Oblatos Beneditinos, e os exortou a “continuarem a dilatando o coração e a entregá-lo todos os dias ao amor de Deus, sem nunca deixar de buscá-Lo, testemunhá-Lo com paixão e acolhê-Lo nos pobres que a vida lhes apresentar”.

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