Discurso do Papa Francisco aos catequistas e professores

Discurso do Papa Francisco aos detentos na Filadélfia

VIAGEM DO PAPA FRANCISCO À ÁFRICA – QUÊNIA, UGANDA e REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA
DISCURSO
Visita a Munyonyo e saudação aos Catequistas e Professores  
Uganda
Sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Boletim da Santa Sé

Queridos catequistas e professores,
Queridos amigos!
Com afeto, vos saúdo a todos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e Mestre.

«Mestre»: como é belo este título! O nosso primeiro e maior mestre é Jesus. Diz-nos São Paulo que Jesus deu à sua Igreja não só apóstolos e pastores, mas também mestres, para edificar o Corpo inteiro na fé e no amor. Juntamente com os bispos, os presbíteros e os diáconos, que foram ordenados para pregar o Evangelho e cuidar do rebanho do Senhor, vós, como catequistas, tendes parte relevante na missão de levar a Boa Nova a todas as aldeias e lugares do vosso país.

Quero, antes de mais nada, agradecer-vos pelos sacrifícios que fazeis, vós e as vossas famílias, e pelo zelo e devoção com que realizais a vossa importante tarefa. Ensinais o que Jesus ensinou, instruís os adultos e ajudais os pais a fazer crescer os seus filhos na fé e, a todos, levais a alegria e a esperança da vida eterna. Obrigado pela vossa dedicação, pelo exemplo que dais, pela proximidade ao povo de Deus na sua vida cotidiana e pelos mais variados modos como plantais e cultivais as sementes da fé em todo este vasto território. Obrigado especialmente por ensinardes as crianças e os jovens a rezar.

Sei que o vosso trabalho, embora gratificante, não é fácil. Por isso vos encorajo a perseverar, pedindo aos vossos bispos e sacerdotes que vos ajudem com uma formação doutrinal, espiritual e pastoral capaz de vos tornar mais eficazes na vossa ação. Mesmo quando a tarefa se apresenta gravosa, os recursos pouquíssimos e os obstáculos enormes, far-vos-á bem lembrar que o vosso é um trabalho santo. O Espírito Santo está presente onde o nome de Cristo é proclamado. Está entre nós sempre que elevamos os corações e as mentes para Deus na oração. Ele dar-vos-á a luz e a força de que precisais. A mensagem, que transmitis, enraizar-se-á tanto mais profundamente no coração das pessoas quanto mais fordes não só mestres, mas também testemunhas. Que o vosso exemplo faça ver a todos a beleza da oração, o poder da misericórdia e do perdão, a alegria de partilhar a Eucaristia com todos os irmãos e irmãs.

A comunidade cristã no Uganda cresceu enormemente graças ao testemunho dos mártires. Eles deram testemunho da verdade que nos liberta; estavam prontos a derramar o seu sangue, para permanecer fiéis àquilo que sabiam ser bom, belo e verdadeiro. Estamos hoje aqui em Munyonyo, no lugar onde o rei Mwanga decidiu eliminar os seguidores de Cristo. Mas o seu objetivo faliu, tal como o rei Herodes não conseguiu matar Jesus. A luz brilhou nas trevas e as trevas não prevaleceram (cf. Jo 1, 5). Depois de ter visto o corajoso testemunho de Santo André Kaggwa e seus companheiros, os cristãos do Uganda tornaram-se ainda mais convictos das promessas de Cristo.

Que Santo André, vosso padroeiro, e todos os catequistas mártires ugandeses vos obtenham a graça de serdes mestres sábios, homens e mulheres cujas palavras sejam cheias de graça, dando testemunho convincente do esplendor da verdade de Deus e da alegria de Evangelho. Ide sem medo por cada cidade e aldeia deste país espalhar a boa semente da Palavra de Deus e tende confiança na sua promessa de que voltareis, em festa, carregando os feixes duma seara abundante.

Eu peço a vocês para rezarem por mim e pedirem para as crianças rezarem por mim!

Omukama Abawe Omukisa! [Deus vos abençoe!]

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