Na catequese de hoje, Papa fez uma reflexão sobre a relação entre esperança cristã e a realidade da morte
Da Redação, com Rádio Vaticano
“Felizes os mortos que morrem no Senhor” foi o tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 18, dando continuidade ao ciclo de reflexões sobre esperança cristã. Falando para cerca de 30 mil pessoas na Praça São Pedro, Francisco destacou que, diante da morte, é preciso conservar a chama da fé.
Em sua reflexão, o Santo Padre fez uma relação entre a esperança cristã e a realidade da morte, uma realidade que, segundo o Papa, a civilização moderna tende cada vez mais a cancelar e, por isso, as pessoas se encontram despreparadas para a própria morte ou aquela de alguém querido.
Francisco mencionou o trecho do Evangelho de João, quando a Marta, que chora pela morte de seu irmão Lázaro, Jesus assegura: “Teu irmão ressuscitará, pois quem crê em Mim, mesmo que tenha morrido, viverá”. “Eu não sou a morte; Eu sou a ressurreição e a vida. Crês nisto?” – pergunta ele a Marta.
O Papa lembrou que Jesus faz a mesma pergunta a cada um hoje, sempre que a morte dilacera o tecido da vida e dos afetos. Com a morte, a existência humana toca o ápice, considerou o Papa, fazendo a pessoa se deparar com a vertente da fé ou o precipício do nada.
O desafio lançado por Jesus é continuar a crer, explicou o Papa. Como exemplo, citou outro trecho bílico, que relata o episódio em que um homem, Jairo, recebeu a notícia da morte da filha que estava doente. Jesus logo tranquilizou este pai dizendo: “Não tenhas receio; crê somente!”.
O Senhor sabia, explicou o Papa, que aquele pai era tentado a deixar-se cair na angústia e no desespero, mas recomendou que mantivesse acesa a chama da fé que ardia em seu coração. Jesus ressuscitou a menina e a entregou viva aos pais. No caso de Lázaro, ressuscitou-o quatro dias depois de ele ter morrido, quando já estava sepultado.
Concluindo a catequese, o Papa afirmou que a esperança cristã se apoia e se alimenta desta posição que Jesus assume contra a morte. “Não tenhas receio – diz-nos Jesus –; crê somente!”. A graça de que necessitamos naquele momento – uma graça imensa! – é conservar acesa no coração a chama da fé. Porque Jesus há de vir, nos tomará pela mão, como fez com a filha de Jairo, e nos ordenará: “Levanta-te, ressuscita”.