Em sua rede social, Papa Francisco destaca a importância da celebração contra a escravidão infantil, promovida pelo Movimento Cultural Cristão
Da redação, com Vatican News
O dia 16 de abril é celebrado como o Dia Internacional contra a Escravidão Infantil, graças à iniciativa promovida pelo Movimento Cultural Cristão. A lembrança desta data é inspirada em Iqbal Masih, o menino paquistanês que faleceu aos 12 anos enquanto tentava defender os direitos das crianças contra a exploração no trabalho.
O Papa Francisco, por meio de uma publicação na rede social X, recorda esta data e convida a todos à oração:
“#RezemosJuntos por milhões de crianças que vivem em condições semelhantes à escravidão. Toda criança abandonada, marginalizada, sem cuidados médicos e sem instrução é um grito que se eleva a Deus!”
Mercantilização e exploração de menores
Desde o início do seu Pontificado, em inúmeras ocasiões, Francisco pediu que a batalha contra a escravidão infantil fosse vencida. Em uma Audiência Geral, no primeiro ano como Papa, ele disse:
“Todas as crianças devem poder brincar, estudar, rezar e crescer, no seio das respectivas famílias, e isto num contexto harmonioso, de amor e de tranquilidade. Trata-se de um seu direito e de um nosso dever. No entanto, em vez de as fazer brincar, muitas pessoas transformam-nas em escravos: este é um flagelo! Uma infância tranquila permite às crianças olhar com confiança para a vida e para o porvir. Ai de quantos sufocam nelas o impulso jubiloso da esperança.” (Audiência Geral de 12 de junho de 2013)
Em sua mensagem durante a Benção Urbi et Orbi na Páscoa deste ano, o Papa falou sobre o flagelo do tráfico humano e fez um apelo por um incansável trabalho para desmantelar as redes de exploração e trazer liberdade àqueles que são suas vítimas:
“Quantas crianças não conseguem sequer ver a luz? Quantas morrem de fome, ou são privadas de cuidados essenciais, ou são vítimas de abuso e violência? Quantas vidas são mercantilizadas pelo crescente comércio de seres humanos? (…) Que o Senhor console suas famílias, especialmente aquelas que aguardam ansiosamente notícias de seus entes queridos, assegurando-lhes conforto e esperança.”
Estratégias políticas adequadas
Falando ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé em janeiro de 2018, o Papa pediu atenção à exploração de menores por modelos econômicos equivocados, chamando a atenção dos governos, como já havia feito várias vezes, para encontrarem estratégias políticas adequadas:
“Não se pode pensar em projetar um futuro melhor, nem esperar construir sociedades mais inclusivas, se se continua a manter modelos econômicos orientados para o lucro e a exploração dos mais fracos, como as crianças.”