Papa chama a atenção para a crise em Mianmar, onde a situação está delicada desde o golpe de Estado em 1º de fevereiro
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Nesta quarta-feira, 3, o Papa Francisco fez um apelo diante da crise em Mianmar. Francisco pediu que o diálogo prevaleça sobre a repressão e a harmonia sobre a discórdia.
A população de Mianmar passa por um momento delicado após o golpe de Estado em 1º de fevereiro. O ato depôs a líder da Liga Nacional para a Democracia (NLD), Aung San Suu Kyi. Desde então, houve uma série de manifestações pacíficas. Porém, a violência se instaurou, e no domingo, 28, ao menos 18 manifestantes morreram nos conflitos.
Leia também
.: Freira em Mianmar pede, de joelhos, que polícia poupe manifestantes
.: Diálogo pode conduzir Mianmar à paz e reconciliação, pede cardeal
“Gostaria de chamar a atenção das autoridades envolvidas para que o diálogo prevaleça sobre a repressão e a harmonia sobre a discórdia. Dirijo um apelo também à comunidade internacional, para que atue a fim de que as aspirações do povo de Mianmar não sejam sufocadas pela violência. Que aos jovens daquela amada terra seja concedida a esperança de um futuro onde o ódio e a injustiça deem lugar ao encontro e à reconciliação.”
Concluindo o apelo, Francisco repetiu o desejo expresso há um mês. “Que o caminho rumo à democracia empreendido nos últimos anos por Mianmar possa ser retomado através do gesto concreto da libertação dos vários líderes políticos presos.”
Justiça e estabilidade
Com este apelo de hoje, o Papa dirige uma vez mais sua atenção ao povo de Mianmar. Na oração do Angelus de 7 de fevereiro passado, ele já havia feito um apelo em prol da justiça e da estabilidade no país. “Neste momento tão delicado, quero assegurar mais uma vez minha proximidade espiritual. Também minha oração e minha solidariedade”, disse na ocasião.
Francisco visitou Mianmar em dezembro de 2017, em uma viagem apostólica que também incluiu uma programação em Bangladesh.