Dom Celestino contou ter conversado com Francisco e afirmou que o Papa expressou a sua proximidade e solidariedade para com o povo chileno
Da redação, com Vatican News
Nesta quinta-feira, 22, o arcebispo de Santiago, Dom Celestino Aós, durante a sua participação em um programa de Rádio Maria “Ponto de Encontro”, voltou a falar sobre o plebiscito, que, neste domingo, 25, chamará os chilenos a expressarem-se sobre a Constituição, e sobre as duas igrejas queimadas na capital, convidando a um diálogo mais justo e pacífico no país.
Dom Celestino, entrevistado pelo padre Roberto Navarro e pela jornalista Macarena Gayangos, respondendo à pergunta sobre os atos de violência ocorridos em Santiago, no Chile, no último fim de semana – que resultou no incêndio de duas igrejas da arquidiocese local, disse estar preocupado não tanto com a destruição material dos edifícios, mas com o sofrimento das comunidades paroquiais. A indignação, disse ele, é tudo “para o povo de Deus, para nós, para os crentes, isso é o que dói”.
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O prelado, tal como o Papa Francisco, expressou a importância de todos serem irmãos, de aprenderem a viver juntos no respeito pela dignidade de cada pessoa. Depois, relatou uma conversa que teve com o Papa há alguns dias, durante a qual o Pontífice expressou a sua proximidade e solidariedade para com o povo chileno, e encorajou-o a continuar na sua missão de busca da paz e do encontro: “Quero transmitir a todo o povo chileno, não só aos católicos, a solidariedade do Santo Padre que está muito próximo de todos nós, que reza por nós e que se interroga, como nós, como pode nos ajudar a irmos avante”.
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Enfim, o arcebispo de Santiago convidou uma vez mais os cristãos e todos os cidadãos chilenos a cumprirem o seu dever cívico e a exercerem o seu direito de voto no próximo domingo, sabendo que cada ação tem consequências. Ele pediu a todos aqueles que não podem ir votar que rezem “pelo Chile, por aqueles que votam, para que escolham com lucidez”.
“Temos de escolher aqueles que são capazes e têm respeito pelos direitos” – disse o prelado -, “porque, como vemos com dor, há outras pessoas que fazem escolhas diferentes, que escolhem a violência, a destruição e, neste momento, queremos construir, viver em paz e na coexistência”.