Na mídia

Fala do Papa em novo filme-documentário repercute na imprensa

Filme-documentário lançado hoje na Itália traz uma fala em que o Papa Francisco teria se mostrado favorável à união civil entre homossexuais

Jéssica Marçal
Da Redação

Foi lançado em Roma, Itália, nesta quarta-feira, 21, um filme-documentário sobre o Papa Francisco, intitulado “Francesco”. Do filme, repercutiu na imprensa um trecho em que o Santo Padre teria se mostrado favorável à união civil entre homossexuais e citado também o direito que eles têm a estar em família.

“As pessoas homossexuais têm o direito de estar em uma família. São filhas de Deus. Ninguém deveria ser excluído ou ficar infeliz por isso. O que devemos criar é uma lei de convivência civil. Deste modo, são assistidos legalmente”, é a transcrição da fala que estaria presente no filme.

A declaração cita a necessidade de criar uma lei de convivência civil, para que os direitos dessas pessoas sejam cobertos, o que não diz respeito ao sacramento do matrimônio, cuja postura da Igreja, já reiterada por Francisco, já é conhecida: a união entre homem e mulher.

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Segundo informações do portal Vatican News, o filme, do diretor russo Evgeny Afineevsky, foi apresentado hoje no Festival de Cinema de Roma e narra o magistério do Papa, por meio de uma série de entrevistas sobre os principais temas do pontificado.

Palavra do diretor Afineevsky

Em entrevista à Reuters, o diretor Afineevsky disse que ficou intrigado em ver “como as palavras do Papa tomaram uma direção diferente”.

“Ele (o Papa) não estava discutindo a doutrina, ele não tentou mudar a doutrina, ele estava falando sobre pessoas que basicamente têm permissão para ter as mesmas liberdades que todo mundo. Ele não estava discutindo a doutrina da Igreja, ele não tenta mudar a doutrina da Igreja, ele estava dizendo que as pessoas não deveriam ser discriminadas e a comunidade gay deve ter direitos iguais como todos os outros, é o que ele estava tentando apontar. Acho que o que acabei de ver foi tirado do contexto e, ao mesmo tempo, esse é o único problema que as pessoas encontraram neste filme. Eu, como cineasta, estou muito triste, porque acho que o mundo precisa de esperança agora, o mundo precisa de positividade”.

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