Caridade é escolha de vida, diz Papa a pobres e detentos de Cagliari

Francisco destacou necessidade de seguir verdadeiramente o caminho de humildade percorrido por Jesus

Jéssica Marçal, com Rádio Vaticano em italiano
Da Redação

Caridade é escolha de vida, diz Papa a pobres e detentos de Cagliari

Fiéis de Cagliari compareceram em grande número para ver de perto o Papa Francisco neste domingo, 22. Foto: Canção Nova Roma

Uma reflexão sobre a caridade, sobre a necessidade de olhar para os mais necessitados, seguindo o caminho da humildade de Jesus. Esse foi o tom do discurso do Papa Francisco no encontro com pobres e detentos na Catedral de Cagliari neste domingo, 22. O Santo Padre esteve na cidade italiana de Sardenha desde cedo, em uma visita pastoral.

Francisco disse que todos deveriam se sentir em casa na Catedral, pois este é um lugar em que todos sentem de forma forte e concreta que são irmãos, filhos do único Pai e na presença do único Mestre: Jesus Cristo.

“Olhemos para Ele! Isto nos dá tanta força, tanto consolo nas nossas fragilidades, nas nossas misérias e nas nossas dificuldades. Ninguém aqui é melhor que o outro. Todos somos iguais diante do Pai: todos!”, disse.

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Ele destacou o caminho de humildade e do serviço escolhido por Jesus, que se fez homem e servo, até a morte na cruz. Por isso, o Papa advertiu que a caridade não é um simples assistencialismo, mas uma escolha de vida.

Mas não basta olhar para esse caminho escolhido por Jesus, é preciso segui-lo, destacou o Papa. Ele agradeceu a todos os que se dedicam generosamente pelas obras de misericórdia, mas advertiu para a existência da arrogância no serviço aos pobres.

“Devemos fazer as obras de misericórdia, mas com misericórdia. (…) Alguns instrumentalizam os pobres pelos interesses pessoais ou do próprio grupo. Eu sei, isso é humano, mas não é bom! Não é de Jesus. E digo mais: isto é pecado! É pecado grave, porque é usar os necessitados para a minha vaidade. Seria melhor que estas pessoas ficassem em casa!”.

Em um terceiro e último aspecto, Francisco falou da necessidade de semear a esperança, o que é uma responsabilidade de todos como Igreja. “Não deixem roubar a esperança e sigam adiante! Que não a roubem! Ao contrário: semear a esperança!”.

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