Responsabilidade

Após audiência, Papa pede que jornalistas tenham responsabilidade

Após concluir uma série de audiências neste sábado, o Papa se reuniu com cerca de 350 membros da imprensa italiana e pediu cuidado com o que é publicado

Da redação, com Rádio Vaticano

Reunido com jornalistas, Papa pede discernimento e cuidado com as notícias publicadas / Foto: Reprodução O Vídeo do Papa

Após a conclusão de uma série de audiências na manhã deste sábado, 16, na Sala Clementina, no Vaticano, o Papa Francisco se reuniu com cerca de 350 membros da União da Imprensa Periódica Italiana (Uspi) e da Federação Italiana dos Semanários Católicos (Fisc). Na ocasião, pediu que os jornalistas fiquem atentos ao modo como as informações são repassadas ao público.

“A sua voz, livre e responsável, é fundamental para o crescimento de uma sociedade, que se diz democrática, para que seja garantido o contínuo intercâmbio de ideias e um proveitoso debate, com base em dados reais e corretamente transmitidos”, disse o Santo Padre.

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Em um mundo, dominado pela ânsia e pela vida frenética, ressaltou Francisco, percebe-se a necessidade de uma informação confiável, que não cause só maravilha ou emoção, mas faça crescer no leitor um senso crítico saudável para chegar a conclusões motivadas. Assim, a imprensa média e pequena não correrá o risco de manipular a realidade, as opiniões e os próprios leitores:

“Trata-se de um jornalismo intimamente ligado ao dinamismo local, às problemáticas do trabalho e às várias categorias que não têm voz. Desta lógica participam os Semanários diocesanos, que estão festejando seus 50 anos de atividades, que podem se revelar instrumentos úteis de evangelização, diálogo e comunicação”.

O Papa concluiu seu discurso aos representantes da Imprensa Católica dizendo: “Os Semanários diocesanos, integrados com as novas formas de comunicação digital, precisam de uma maior renovação, discernimento e compromisso por parte dos pastores, da comunidade cristã e dos poderes públicos”.

E os exortou: “Não se deixem arrastar pelos “pecados da comunicação”. A desinformação, a calúnia sensacionalista ou difamatória, são pecados gravíssimos, que prejudicam o coração do jornalista e os leitores.

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