Francisco fez mais um apelo para a libertação de detentos de ambos os lados no conflito entre Kiev e Moscou, também com a ajuda do Vaticano
Da redação, com Vatican News
O pedido de orações pela paz na Ucrânia, na Palestina, em Israel e Mianmar, e sobretudo um apelo para que haja uma troca de prisioneiros entre Moscou e Kiev, também feita com a ajuda da Santa Sé. O Papa, nas saudações após o Regina Caeli deste domingo, 12, mais uma vez pensa em todos aqueles que sofrem com os conflitos, com o olhar voltado para a violência que está ensanguentando uma parte da Europa.
“Enquanto celebramos a Ascensão do Senhor Ressuscitado que nos liberta e nos quer livres, renovo o meu apelo para uma troca geral de todos os prisioneiros entre a Rússia e a Ucrânia, assegurando a disponibilidade da Santa Sé em favorecer todos os esforços nesse sentido, especialmente por aqueles que estão gravemente feridos e doentes.”
As trocas de prisioneiros
Até o momento, a Rússia e a Ucrânia realizaram mais de 50 trocas de prisioneiros desde o início da guerra — em 24 de fevereiro de 2022. Em mais de 2 anos de conflito, vários milhares de prisioneiros foram libertados por ambos os lados. A última troca conhecida data de 8 de fevereiro deste ano. Naquela ocasião, o presidente ucraniano Zelensky calculou o número de ucranianos libertados em 3.135.
Os apelos do Papa
Na Urbi et Orbi de 31 de março deste ano, Francisco lançou um apelo para abrir um caminho de paz para as populações que são vítimas de todos os conflitos, começando por Israel, Palestina e Ucrânia. Também naquela ocasião, o Papa pediu uma “troca geral de todos os prisioneiros entre Rússia e Ucrânia”. Em 17 de abril deste ano, durante a Audiência Geral, o Pontífice voltou a falar sobre os prisioneiros de guerra, invocando o Senhor para que movesse “a vontade de libertar todos eles”. O Papa fez então uma clara referência à tortura dos prisioneiros, descrevendo-a como “uma coisa muito feia, não humana”.
A missão de Zuppi
Uma parte fundamental da missão de paz na Ucrânia confiada pelo Papa ao cardeal Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana, dizia respeito justamente à troca de prisioneiros e à repatriação de crianças ucranianas da Rússia.