Antes da recitação do Angelus, Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia e destacou a atitude de Maria e José ao ouvir o que diziam no templo sobre Jesus
Da Redação, com Vatican News
Papa Francisco acena para fiéis na Praça São Pedro / Foto: Vatican Media/IPA/Sipa USA via Reuters Connect
Neste domingo, 31, o Papa Francisco rezou o Angelus junto aos fiéis reunidos na Praça São Pedro. No dia em que se celebra a Festa da Sagrada Família, ele refletiu sobre o Evangelho do dia, que narra a apresentação de Jesus ao templo (cf. Lc 2, 22-40).
O Pontífice iniciou sua fala voltando-se para a pobreza de Maria e José. Quando se encaminharam ao templo para apresentar seu primogênito, ofereceram também um par de rolas ou pombinhos, conforme mandava a Lei de Deus. Essa, explicou o Santo Padre, era a oferta mais simples que podia ser feita, e revela a realidade da Sagrada Família.
Após a apresentação, Maria ainda recebe uma profecia que dizia “uma espada te traspassará a alma” (cf. Lc 2, 35). Ou seja, além da pobreza e das dificuldades que já enfrentavam, Nossa Senhora descobre que terá ainda mais sofrimento em sua vida. “Chegam na pobreza e saem com uma carga de sofrimento”, observou Francisco, complementando que a Sagrada Família, “em vez de estar privada do cansaço, está imersa em grandes dores”.
“Especialista em sofrimento”
Diante disso, ele expressou que “Deus não está acima dos nossos problemas, mas que veio habitar a nossa vida tal como ela é”. Por 30 anos, Jesus viveu uma vida de cotidianidade, escondimento e silêncio, escolhendo uma família “especialista em sofrimento”.
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Essa experiência, observou o Papa, leva o Cristo a dizer a todos: “Se vocês se encontrarem em dificuldades, sei bem o que vocês sentem, eu já vivi isso: eu, minha mãe e meu pai vivemos isso para dizer também à sua família: vocês não estão sozinhos”.
Maravilhar-se em família
Na sequência, o Pontífice destacou outro aspecto da liturgia: o estupor de Maria e José ao ouvir as palavras de Simeão e Ana sobre Jesus. “A capacidade de maravilhar-se é um segredo para avançar bem em família”, manifestou, citando ainda que não se deve habituar-se com a ordinariedade das coisas.
Ele citou a importância, para os casais, de maravilhar-se com seu cônjuge. “A admiração te leva à ternura, sempre. É bela a ternura no casamento”, afirmou. Francisco também falou do estupor com o milagre da vida, manifestado nos filhos, e do maravilhamento com os avós, que são “fonte de sabedoria”.
Da mesma forma, Francisco convidou todos a se maravilharem “com a própria história de amor” e a vida. Pois, mesmo com seus aspectos negativos, nela se encontra a “bondade de Deus que caminha conosco”. Por fim, o Papa exortou todos a pedirem a Nossa Senhora a graça do estupor, e seguiu com a recitação do Angelus.
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