REGINA COELI

Papa Francisco no Regina Coeli: o céu é a nossa pátria

O Santo Padre assegurou aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro que o Céu é a sua pátria, e exorta cada um deles a seguir Jesus quando se perguntarem para onde ir e como lá chegar

Da redação, com Vatican News

Papa Francisco durante a oração Regina Coeli na Praça de São Pedro / Foto: Vatican Media – Catholic Press Photo – Reuters

Dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro para o Regina Coeli deste domingo, 7, o Papa Francisco observou que o Evangelho do dia, extraído do último discurso de Jesus antes de sua morte, mostra-nos como já naquela época Jesus indicava o caminho aos discípulos, lembrando assim que Ele o faz também hoje: “Ele nos diz para onde ir e como ir”, afirmou o Papa.

Destino: a casa do Pai

Francisco se inspirou no trecho de João proposto pela Liturgia do dia, que traz o último discurso de Jesus antes de sua morte. O coração dos discípulos está abalado, mas o Senhor dirige a eles palavras de conforto, convidando-os a não terem medo: “Vou preparar um lugar para vós […], a fim de que onde eu estiver estejais também vós”.

Com efeito, Jesus não os está abandonando, mas parte para preparar um lugar para eles e guiá-los rumo àquela meta. Assim, explicou o Pontífice, o Senhor indica hoje a todos nós o maravilhoso lugar aonde ir e, ao mesmo tempo, nos diz como ir, nos mostra o caminho a percorrer.

“Na casa do Pai — diz aos seus amigos e cada um de nós — há espaço para você, você é bem-vindo, será acolhido para sempre pelo calor de um abraço, e eu estou no Céu para preparar-lhe um lugar!”

“Irmãos e irmãs, esta Palavra é fonte de consolação e esperança”, comentou o Papa. Jesus não se separou de nós, mas nos abriu o caminho, antecipando o nosso destino final: o encontro com Deus Pai, em cujo coração há lugar para cada um de nós.

Então, quando sentimos o cansaço, a desorientação e até mesmo o fracasso, lembremo-nos para aonde vai a nossa vida. Não devemos perder de vista a meta, mesmo se hoje corremos o risco de não lembrar, de esquecer as perguntas finais, aquelas importantes: aonde vamos? Rumo aonde caminhamos? Por qual motivo vale a pena viver? Sem estas perguntas, sufocamos a vida somente no presente, pensamos que devemos desfrutá-la o quanto possível e acabamos por viver o dia, sem um propósito, sem uma meta.

“A nossa pátria, ao invés, está no céu, não nos esqueçamos da grandeza e da beleza da meta!”

A bússola: Jesus

Para a segunda pergunta — como chegar — a resposta vem do próprio de Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6). Jesus é o caminho a seguir para viver na verdade e ter a vida em abundância, acrescentou o Pontífice. Ele é o caminho e, portanto, a fé Nele não é um ‘conjunto de ideias’ a acreditar, mas um caminho a percorrer, uma viagem a realizar, um caminho com Ele. É seguir Jesus, porque Ele é o caminho que conduz à felicidade que não conhece ocaso. É imitá-lo, recomendou o Papa, especialmente com gestos de proximidade e misericórdia para com os outros”.

“Eis a bússola para alcançar o Céu: amar Jesus, o caminho, tornando-se sinais do seu amor na terra”.

Francisco concluiu convidando os fiéis a não se deixarem devastar pelo presente: “Olhemos para o alto, para o Céu, lembremo-nos da meta, pensemos que somos chamados para a eternidade, para o encontro com Deus. E, do Céu, renovemos hoje a escolha de Jesus, a escolha de amá-lo e de caminhar atrás Dele. Que a Virgem Maria, que seguindo Jesus chegou à meta, ampare a nossa esperança”.

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