ANGELUS

Papa: “Cristo não é uma lembrança do passado, mas o Deus do presente”

Antes de rezar o Angelus, Francisco fala aos fiéis sobre a presença de Jesus ao lado de cada um durante a caminhada, oferecendo Sua Palavra e Sua graça

Da Redação, com Vatican News

Papa saúda fiéis reunidos na Praça São Pedro / Foto: Vatican Media/IPA via Reuters

Neste domingo, 27, o Papa Francisco fez a tradicional oração do Angelus diante dos fiéis reunidos na Praça São Pedro. Antes, como de costume, fez uma reflexão sobre o Evangelho do dia (cf. Mt 16,18), que narra o momento em que Jesus pergunta aos discípulos “quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”.

O Pontífice observou que muitos veem Jesus como um grande mestre e uma pessoa boa, justa, coerente e corajosa. Contudo, ele também comentou que isso não é suficiente para entender quem é o Cristo. Porque, se Jesus fosse um “personagem do passado”, como João Batista, Moisés, Elias e os profetas, seria apenas uma “bela lembrança” de um tempo que se foi.

Deus do hoje

Então, o Santo Padre se voltou para a outra pergunta que Jesus faz na sequência: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Diante dessa questão, ele expressou que “Jesus não quer ser um protagonista da história, mas do seu hoje, do meu hoje; não um profeta distante, Jesus quer ser o Deus próximo”.

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“Cristo não é uma lembrança do passado, mas o Deus do presente. Se fosse apenas um personagem histórico, imitá-lo hoje seria impossível: nós nos encontraríamos diante da grande vala do tempo e, sobretudo, diante de seu modelo, que é como uma montanha altíssima e inalcançável, querendo escalá-la, mas sem a capacidade e os meios necessários”, declarou o Papa.

Deus que caminha ao lado

Francisco lembrou que Jesus está vivo e acompanha cada pessoa, colocando-se ao lado de cada um. Ele oferece a Sua Palavra e a Sua graça, que iluminam e restauram o ser humano no caminho. Pois Jesus, guia experiente e sábio, tem a satisfação em se fazer companhia nos caminhos mais difíceis e nas subidas mais inacessíveis.

“Na estrada da vida não estamos sozinhos, porque Cristo está conosco e nos ajuda em nosso caminho, como fez com Pedro e os outros discípulos. É justamente Pedro, no Evangelho de hoje, que entende isso e, pela graça, reconhece em Jesus ‘o Cristo, o Filho do Deus vivo’: não um personagem do passado, mas o Cristo, ou seja, o Messias, aquele que é esperado no presente; não um herói morto, mas o Filho do Deus vivo, feito homem e que veio compartilhar as alegrias e as fadigas do nosso caminho”, afirmou o Pontífice.

Deus do impossível

Desta forma, o Santo Padre exortou os fiéis a não desanimar, se às vezes o cume da vida cristã parecer muito alto e o caminho muito íngreme, e a olhar para Jesus, que caminha ao lado, acolhe as fragilidades, compartilha os esforços e apoia seu braço firme e gentil. “Com Jesus, o que sozinhos parece impossível não o é mais”, frisou.

Por fim, o Papa convidou os presentes a refletir sobre “quem dizem ser Jesus” e se realmente permitem que Ele os guie nos momentos de adversidade enquanto todos buscam a santidade. E pediu a Maria, Mãe do caminho, que ajude cada um a sentir seu Filho vivo e presente ao lado, prosseguindo para a recitação do Angelus.

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