No Regina Coeli deste domingo, 6, Francisco afirmou que tempo da Páscoa é convite para fiéis permanecerem no amor de Jesus
Da redação, com Boletim da Santa Sé
“O amor se realiza na vida cotidiana, nos comportamentos, nas ações; caso contrário é apenas algo ilusório. São palavras, palavras, palavras: isso não é amor. O amor é concreto todos os dias”. A afirmação é do Papa Francisco no Regina Coeli deste domingo, 6. Segundo o Santo Padre, o evangelho desta época da Páscoa convida os fiéis a permanecerem no amor de Jesus. ” Permanecei no meu amor ” (Jo . 15,9), citou.
Para viver no amor de Deus, o Papa sinalizou a necessidade de estabelecer morada neste sentimento: “É a condição para que o nosso amor não perca pelas ruas o seu ardor e a audácia”. O Pontífice prosseguiu aconselhando os cristãos, e suscitou a necessidade do acolhimento com gratidão do amor que vem do Pai. De acordo com o Santo Padre a tentativa de permanecer no amor de Deus, não separando-se Dele com o egoísmo e o pecado, é um programa exigente mas não impossível.
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Francisco reforçou a importância de perceber o amor de Cristo não como um sentimento superficial, mas como uma atitude fundamental do coração que se manifesta no viver como Ele quer. Para o Santo Padre o desafio continua quando o cristão além de permanecer no amor de Deus, procura compartilhá-lo com os outros, e indicou quem são os outros que devem receber este amor:
“Jesus indicou quem é o outro a amar, não com palavras, mas com fatos. É aquele que encontro em meu caminho e me interpela com o seu rosto e sua história; é aquele que, com a sua presença, me impulsiona a sair de meus interesses e minhas seguranças; é aquele que espera a minha disponibilidade de acolher e caminhar juntos na mesma estrada”, pontuou.
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O amor pelos outros não pode, segundo o Papa, ser reservado para momentos excepcionais, mas deve se tornar constante. “É por isso que somos chamados, por exemplo, a proteger os idosos como um tesouro precioso e com amor, mesmo que criem problemas econômicos e inconvenientes, devemos protegê-los. É por isso que aos doentes, mesmo no último estágio, devemos prestar toda a assistência possível. É por isso que os nascituros devem ser sempre acolhidos. É por isso que, em última análise, a vida deve ser sempre protegida e amada desde a concepção até a morte natural. Isso é amor”, frisou.
Deus convida os homens a amarem os outros assim como ele os ama, afirmou Francisco, e para seguir este convite é preciso ter o próprio coração de Cristo. “A Eucaristia, à qual somos chamados a participar todos os domingos, tem como objetivo formar em nós o Coração de Cristo, de modo que toda a nossa vida seja guiada por suas atitudes generosas”, indicou. Para permanecer no amor de Jesus o Santo Padre aconselhou os fiéis a recorrerem à ajuda da Vigem Maria. Segundo o Pontífice, Nossa Senhora pode auxiliar os fiéis a crescerem em amor e a corresponder plenamente à vocação cristã.
Depois do Regina Coeli
Após o Regina Coeli, Papa Francisco recordou a proclamação neste sábado, 5, da Beata Chiara Fey, fundadora das Irmãs do Menino Jesus, que viveu na segunda metade do século XIX. “Vamos dar graças a Deus por este zeloso testemunho do Evangelho, um educadora carinhosa dos jovens desfavorecidos”.
O Santo Padre aproveitou para pedir orações à República Centro-Africana diante da violência que já soma numerosos mortos e feridos, incluindo um padre. “Através da intercessão da Virgem Maria, que o Senhor ajude a todos, para que digam não à violência e à vingança, para construírem juntos a paz”, pediu.
Por fim, o Pontífice saudou todos os peregrinos e desejou um bom domingo. Como de costume, encerrou: “Por favor, não esqueçam de orar por mim. Bom almoço e adeus!”.