Padre Arturo Sosa, Superior Geral da Companhia de Jesus, recorda a vida, o legado de Francisco e a dedicação do seu irmão jesuíta à oração e ao diálogo
Da redação, com Vatican News

Padre Arturo Sosa, SJ, concede entrevista coletiva para homenagear o falecido Papa Francisco / Foto: Reprodução Youtube Vatican News
“Das muitas facetas de uma pessoa com a longa vida e as responsabilidades que teve que assumir, gostaria de destacar a dimensão de ‘homem de Deus’ do Papa Francisco”.
O Superior Geral dos Jesuítas, Padre Arturo Sosa, SJ, ofereceu esse resumo da vida do falecido Papa em uma coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 24, na Cúria Jesuíta, perto do Vaticano.
Padre Arturo expressou a “grata memória” da Companhia de Jesus ao Papa jesuíta nascido na Argentina. “Sua abordagem às pessoas e à situação em cada contexto em que viveu só é apreendida em profundidade a partir do reconhecimento de sua experiência espiritual”, disse o sacerdote
Vontade de Deus
O falecido Papa Francisco, acrescentou, sempre buscou colocar em prática a vontade de Deus, para que pudesse contribuir “para a transformação da humanidade e tornar este mundo um lar digno para todos os seres humanos”.
Padre Sosa afirmou que o Papa não buscava medir seu desempenho pelos padrões de outras pessoas, mas apenas assimilar o Evangelho de Jesus e convidar todas as pessoas a se tornarem santas.
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“O importante era ouvir uns aos outros”, disse ele, “dialogar com a complexidade da realidade, perscrutar os sinais dos tempos e, na oração, em familiaridade com o seu Senhor, discernir o que é mais apropriado em cada momento”.
Todos merecem uma vida digna
O falecido Papa Francisco sonhava que todas as pessoas pudessem viver uma vida digna e que o mundo pudesse ser verdadeiramente uma “casa comum onde todos possamos viver como irmãos e irmãs”.
Padre Sosa disse que Francisco era “um homem que soube captar o olhar misericordioso de Deus sobre a complexidade humana e deu a sua vida para abrir espaços maiores para a vida em comum”.
Concluindo, o Superior Geral dos Jesuítas lembrou que, independentemente de quem for eleito para suceder o Papa Francisco, os jesuítas cumprirão fielmente o seu quarto voto de obediência ao Papa em relação à missão a ser cumprida.
“Assim que o novo Papa for eleito”, disse Padre Sosa, “estaremos à sua disposição, como temos feito há mais de 450 anos”.