Pontífice discursou, nesta quinta-feira, 11, aos membros da Conferência dos Institutos Missionários da Itália (CMI), por ocasião do cinquentenário do organismo
Da redação, com Vatican News
Na manhã desta quinta-feira, 11, o Papa Francisco recebeu membros da Conferência dos Institutos Missionários da Itália (CMI). O Santo Padre os exortou a não deixar de alimentar sua vida e seu apostolado com a Palavra de Deus, a Eucaristia e a oração.
A CIMI é composta por 14 Institutos, dos quais 6 são femininos e 8 masculinos. A intuição original da CIMI, que remonta há exatos 50 anos, era unir as forças missionárias presentes na Itália com o carisma ad gentes, na diversidade de cada comunidade, para caminhar juntas e fazer crescer na Itália a sensibilidade e a paixão missionária para a proclamação do Evangelho.
“A missão é o oxigênio da vida cristã, que sem ela adoece e murcha”
A audiência com o Pontífice se deu por ocasião do seu cinquentenário. Por diversas vezes em seu discurso, o Santo Padre fez referência a passagens da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual, para recordá-los o estado permanente de missão da Igreja (n. 25), que é o “oxigênio da vida cristã, que sem ela adoece e murcha, e se torna feia”, afirmou.
Francisco, em seu discurso, também buscou oferecer ânimo e incentivo para os presentes: “Encorajo-os a seguir em frente com coragem, para que a força do Espírito encontre sempre na Igreja e no mundo mentes e corações desejosos de semear a Palavra e de levar a alegria do Senhor Ressuscitado a todos, derrubando barreiras e favorecendo a construção de uma sociedade fundada nos princípios evangélicos da caridade, da justiça e da paz.”
Aspectos fundamentais para o estilo missionário
O Pontífice sublinhou aspectos que são fundamentais para o estilo missionário, que deve partir, sobretudo, do testemunho da própria vida e ter como base a oração: “Pois a missão, assim como a comunhão, é, antes de tudo, um mistério da Graça”.
“A missão e a comunhão nascem da oração, são moldadas dia a dia pela escuta da Palavra de Deus – escuta feita em oração – e têm como objetivo final a salvação dos irmãos e irmãs que o Senhor nos confia. Sem esses fundamentos, elas se tornam vazias e acabam sendo reduzidas a uma mera dimensão sociológica ou assistencial. E a Igreja não se interessa pelo assistencialismo… Ajuda sim, mas antes de tudo evangeliza, dá testemunho: se faz assistencialismo, que venha do testemunho, mas não do proselitismo.”
Ao final, Francisco fez memória de outra passagem da Evangelii Gaudium, onde se recorda que a missão não é um negócio ou um projeto corporativo, nem uma organização humanitária ou de proselitismo, mas “algo muito mais profundo, que escapa a qualquer medida” (n. 279).
“É um convite a gastar-nos com empenho, com criatividade e generosidade, mas sem desanimar se os resultados não corresponderem às expectativas; a dar o melhor de nós mesmos, sem nos pouparmos, mas depois entregando tudo com confiança nas mãos do Pai; a dar tudo de nós, mas deixando a Ele a tarefa de tornar os nossos esforços tão frutuosos quanto Ele quiser.”