O Papa Bento XVI foi acolhido esta manhã, em Jerusalém, pelo patriarca Teófilo III, na sede do patriarcado greco-ortodoxo.
O Papa agradeceu ao patriarca pelo acolhimento fraterno e pela oportunidade que lhe foi oferecida de se encontrar com os líderes das Igrejas e das comunidades eclesiais ali presentes.
O Pontífice recordou o histórico encontro entre o seu predecessor Paulo VI e o Patriarca Ecumênico Atenágoras I, e o encontro entre João Paulo II e o Patriarca Diodoros. Bento XVI ressaltou que “este santo lugar nos impele a promover o nosso compromisso ecumênico”.
“Elevo a minha oração a fim de que o nosso encontro possa dar um novo impulso aos trabalhos da Comissão Internacional Conjunta para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas, juntando-se aos recentes frutos dos documentos de estudos e outras iniciativas conjuntas”, frisou o Santo Padre.
Ainda em seu discurso, Bento XVI recordou a participação do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, no último Sínodo dos Bispos que se realizou em outubro passado, no Vaticano, sobre a “Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja”.
“O seu acolhimento e as suas palavras foram expressões sinceras da profunda alegria espiritual que nasce da comunhão já existente entre as nossas Igrejas”, frisou o papa.
O Santo Padre disse ainda que “esta experiência ecumênica testemunha o vínculo entre a unidade da Igreja e a sua missão. Com os braços abertos na cruz, Jesus revelou a plenitude de seu desejo de atrair a si cada um, formando união. Doando-nos o seu Espírito, Ele revelou o seu poder de nos tornar capazes de participar de sua missão reconciliadora”.
“Devemos redobrar o nosso compromisso a fim de aperfeiçoar a nossa comunhão e torná-la completa, e testemunhar juntos o amor Pai que enviou seu Filho para que o mundo conheça o seu amor por nós”, ressaltou o Papa.
Bento XVI sublinhou ainda que os cristãos de Jerusalém devem se empenhar na educação de uma nova geração de cristãos bem formados e comprometidos, que ajude no progresso da vida civil e religiosa dessa cidade única e santa.
O pontífice concluiu fazendo um apelo em prol da liberdade religiosa e da convivência pacífica, e pediu em favor das novas gerações, o livre acesso à educação e ao trabalho, a perspectiva de uma hospitalidade conveniente, residência familiar e a possibilidade de contribuir e usufruir de uma estável situação econômica.
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