Bento XVI leva palavras de esperança aos mexicanos

“Criai em mim, ó Deus, um coração puro” (Sal 50, 12), este é o Salmo Responsorial deste domingo, 25. Na Missa que reuniu mais de 400 mil fiéis na Praça do Bicentenário de León, no México, o Papa Bento XVI destacou que esta súplica é uma grande reflexão para a preparação da Páscoa. “E ajuda-nos também a olhar no íntimo do coração humano, especialmente em momentos feitos de sofrimento e de esperança como os que atravessam atualmente o povo mexicano e outros povos da América Latina”, disse.

Bento XVI salienta que um coração puro, um coração novo, é aquele que se reconhece impotente por si mesmo e se coloca nas mãos de Deus para continuar a esperar as suas promessas.

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Realizando um sonho de João Paulo II

Ele recordou que nesta sua 23ª viagem apostólica realizou um sonho de seu predecessor, João Paulo II, ao visitar o monumento do Cristo Rei no Monte Cubilete. “Hoje certamente rejubilará no Céu pela graça que o Senhor me concedeu de poder estar agora convosco, como terá abençoado também tantos milhões de mexicanos que ainda recentemente quiseram venerar as suas relíquias em todos os cantos do país”, afirmou.

Para o Pontífice, este santuário é, acima de tudo, um lugar de peregrinação, oração fervorosa, conversão, reconciliação, busca da verdade e acolhimento da graça. “Pedimos a Jesus Cristo que reine nos nossos corações, tornando-os puros, dóceis, cheios de esperança e corajosos na sua humildade”.

Superando uma fé superficial

Mas o Santo Padre ressaltou que para que Deus habite nos corações dos fiéis, é preciso escutá-Lo, deixar-se interpelar cada dia pela sua Palavra, meditando-a no próprio coração, a exemplo de Maria (cf. Lc 2, 51). Assim cresce a nossa amizade pessoal com Ele, aprende-se o que Ele espera e recebe-se alento para dar a Ele ao acolher os outros.

Na Conferência de Aparecida, recordou que a Missão Continental estipulada tem por objetivo fazer chegar esta convicção a todos os cristãos e às comunidades eclesiais, para que resistam à tentação de uma fé superficial e rotineira, por vezes fragmentária e incoerente. Por isso, o Ano da Fé, proclamado pelo Papa, é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria.

“Pedimos à Virgem Maria que nos ajude a purificar o nosso coração, tanto mais que já se aproxima a celebração da festa da Páscoa, para que cheguemos a participar melhor no Mistério de salvação do seu Filho, tal como Ela o deu a conhecer nestas terras”, destacou Bento XVI ao final da homilia.

Depois da Celebração Eucarística, o Santo Padre fará a recitação do Angelus e dedicará um momento de oração diante da Imagem da Virgem de Guadalupe. Por fim, abençoará 91 reproduções da Virgem de Guadalupe que serão levadas a cada uma das dioceses mexicanas.

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