Apesar das dificuldades políticas na área médio-oriental, continuam os preparativos para a chegada do Papa Bento XVI ao Líbano. Isso foi o que confirmou nesta quarta-feira, 23, o presidente do comitê central encarregado de preparar a visita de Bento XVI ao país, monsenhor Kamil Zeidan. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa convocada em Beirute para ilustrar as medidas adotadas a fim de assegurar o bom êxito da peregrinação papal na terra dos cedros.
Monsenhor Zeidan reiterou que a visita do Pontífice ao país, a ser realizada de 14 a 16 de setembro deste ano, é de interesse de todos os libaneses, tanto cristãos, quanto muçulmanos, e não só dos católicos. Ele lembrou ainda a relevância pastoral da viagem, uma vez que Bento XVI assinará e entregará oficialmente, na ocasião, a Exortação apostólica pós-sinodal para o Oriente Médio.
O presidente do comitê organizador informou ainda que foram formados dois comitês para acolher Bento XVI. Um deles reúne o Conselho dos bispos e o outro representa o Estado libanês, cuja missão será coordenar com o núncio apostólico o bom êxito da visita.
De acordo com o tesoureiro geral do Patriarcado Sírio-Católico no Líbano, monsenhor George Masri, a visita do Papa está sendo muito esperada, por ser um evento de esperança para toda a Igreja. Ele acredita que o Papa dá confiança e coragem para conduzir um diálogo de vida com os muçulmanos e que sua visita é muito importante, sobretudo em um país pequeno como o Líbano.
“Nós esperamos muito na visita do Santo Padre e estamos nos preparando, cristãos e muçulmanos, para este grande evento. Esperamos que o diálogo entre nós e nossos irmãos muçulmanos continue a ser um diálogo de verdadeira coexistência”.