O Papa Bento XVI inicia nesta sexta-feira, 14, sua 24ª viagem apostólica internacional, tendo como destino o Líbano. No Brasil, país que hoje tem cerca de 8 milhões de descendentes libaneses, a Igreja Maronita acompanha de perto os preparativos da visita papal.
O pároco da Catedral de Nossa Senhora do Líbano, em São Paulo, padre Elias Karam, contou que a comunidade maronita na capital paulista é muito numerosa e que os fiéis brasileiros estão entusiasmados com a visita do Papa.
“Nós a divulgamos (a visita); levamos o Povo ao ambiente que se vive no Líbano. Por isso, o povo está interessado em rezar pelo país. Em minhas missas, peço sempre ao povo que acenda uma vela para o nosso país, para acompanhar a visita com as orações daqui, do Brasil”.
Padre Karam está no Brasil desde 2010. Para ele, servir a Igreja maronita é uma missão muito boa, que traz felicidade, mesmo com as dificuldades encontradas. Ele contou que seu trabalho é realizado junto ao bispo na arquidiocese maronita do Brasil e envolve diversas atividades, além de atender os fiéis nos batismos, casamentos, confissões e acompanhamento das pessoas.
“Ademais, dou aulas de árabe na paróquia e agora estou trabalhando num projeto de um ano com os descendentes libaneses jovens, para levá-los ao país de origem e conhecer o Líbano”, informou.
Igreja Maronita
A Igreja Maronita é uma Igreja Católica, de rito oriental, em plena comunhão com a Sede Apostólica Romana, ou seja, reconhece a autoridade do Papa. Esta Igreja Oriental possui ritual próprio, diferente do rito Latino adotado pelos católicos ocidentais. O rito maronita prevê a celebração da missa em língua siro-aramaico, a língua que Jesus Cristo falava.
A Eparquia Maronita no Brasil existe desde 1962. A Paróquia Nossa Senhora do Líbano, em São Paulo, foi a primeira paróquia Maronita em nosso país. O atual bispo maronita do Brasil é Dom Edgard Madi, que assumiu oficialmente em dezembro de 2006. Dos descendentes libaneses que aqui vivem, 70% são maronitas.