Em Ajudá, Benin, Bento XVI esteve, pela manhã, no túmulo do cardeal Bernardin Gantin (1922-2008), um amigo pessoal e o primeiro africano a presidir a um dicastério da Cúria Romana. Em silêncio, o Pontífice rezou em memória do amigo.
Logo em seguida, acompanhado por milhares de pessoas ao som de tambores e cantos tradicionais, o Papa se dirigiu ao seminário Saint Gall, onde estudam neste momento 140 candidatos ao sacerdócio do Benim e do Togo. A eles, Bento XVI lembrou como um “filho ilustre” do Benim o cardeal Gantin, arcebispo de Cotonou entre 1960 e 1971, ano em que foi chamado por Paulo VI para Roma.
O Papa falou de sua grande estima por Dom Bernardin Gantin: “Ajudamos, o melhor que pudemos, o meu predecessor, o beato João Paulo II, a exercer o seu ministério petrino. Tivemos oportunidade de nos encontrar muitas vezes, dialogar profundamente e rezar juntos. O Cardeal Gantin conquistara o respeito e a estima de muitos. Por isso, pareceu-me justo vir ao seu país natal, rezar junto da sua sepultura e agradecer ao Benim este filho ilustre que deu à Igreja”.
Bento XVI aproveitou a ocasião para falar aos padres sobre a responsabilidade de cada um deles em promover a paz, a justiça e a reconciliação. Temas esses que dizem respeito à exortação apostólica pós-sinodal que ele vai assinar esta manhã, ainda em Ajudá.
O Papa ainda dirigiu saudações a religiosos e religiosas convidados a contribuir para uma expressão harmoniosa da imensidade dos dons divinos ao serviço de toda a humanidade, e os leigos, convidando-os a ter um profundo respeito pela vida.
A viagem de Bento XVI ao Benim, iniciada sexta-feira, inclui hoje uma passagem por Ajudá (Ouidah), antes do regresso a Cotonou, cidade mais populosa do país, onde a visita se encerra este domingo.