Discurso de Bento XVI na cerimônia de despedida do Benin

Excelentíssimo Senhor Presidente,
Venerados Cardeais e Bispos,
Ilustres Autoridades presentes,
Queridos amigos!

A minha viagem apostólica à terra africana está a terminar. Sinto-me agradecido a Deus por estes dias passados, jubilosa e cordialmente, convosco. Agradeço-lhe, Senhor Presidente, pelas suas amáveis palavras e os múltiplos esforços feitos para tornar aprazível a minha estadia. Agradeço também às diversas autoridades deste país e a todos os voluntários que contribuíram, generosamente, para o bom êxito destes dias. Não esqueço a população inteira do Benim, que me recebeu com caloroso entusiasmo. A minha gratidão estende-se igualmente aos membros da Igreja Católica, aos vários Presidentes das Conferências Episcopais nacionais e regionais, que viajaram até cá, e naturalmente, de maneira muito particular, aos Bispos do Benim.

Desejei visitar uma vez mais o continente africano, pelo qual sinto uma estima e um afeto particular, porque estou intimamente convencido de que é uma terra de esperança – como aliás já o disse várias vezes. Aqui encontram-se valores autênticos, capazes de servir de inspiração para o mundo, que nada mais pedem senão poder desenvolver-se com a ajuda de Deus e a determinação dos africanos. Para isto pode contribuir validamente a Exortação Apostólica pós-sinodal Africae munus, pelas perspectivas pastorais que abre e as interessantes iniciativas que há de suscitar. Confio-a a todos os fiéis africanos, que saberão estudá-la com atenção e concretizá-la na sua vida diária. O Cardeal Gantim, ilustre filho do Benim cuja estatura foi de tal modo reconhecida que este aeroporto tem o seu nome, participou comigo em numerosos Sínodos, tendo sabido prestar-lhes uma contribuição essencial e apreciada. Possa ele acompanhar a atuação deste documento.

Durante esta visita, pude encontrar diversas componentes da sociedade do Benim e membros da Igreja. Estes numerosos encontros, muito diversos na sua natureza, testemunham a possibilidade duma coexistência harmoniosa no seio da nação e entre a Igreja e o Estado. A boa vontade e o respeito mútuo não só favorecem o diálogo, mas são essenciais para construir a unidade entre as pessoas, as etnias e os povos. Aliás, a primeira das três palavras do vosso lema nacional é «Fraternidade». Viver juntos como irmãos, apesar das legítimas diferenças, não é uma utopia. Porque é que um país africano não poderia apontar ao resto do mundo a estrada a seguir para se viver uma autêntica fraternidade na justiça, fundada na grandeza da família e do trabalho? Que os africanos possam viver reconciliados na paz e na justiça. Tais são os votos que formulo, com confiada esperança, antes de deixar o Benim e o continente africano.

Senhor Presidente, renovo-lhe os meus sinceros agradecimentos que estendo a todos os seus concidadãos, aos bispos do Benim e a todos os fiéis da nação. Desejo também encorajar o continente inteiro a ser cada vez mais sal da terra e luz do mundo. Pela intercessão de Nossa Senhora da África, peço a Deus que vos abençoe a todos.

(em língua fon) ACƐ MAWU TƆN NI KƆN DO BENIN TO Ɔ BI JI  [Deus abençoe o Benim]!

 

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