A Exortação Apostólica divulgada por Bento XVI em sua viagem ao Benim, na África, destaca o sério problema da AIDS no país africano e exige mudança de comportamento. No documento, Bento XVI analisa o problema da doença no país e o define como uma situação sobretudo ética, pois a solução não está apenas nas respostas médicas, mas na abstinência, na fidelidade conjugal e na rejeição de uma vida sexual promíscua.
Assim, o documento não faz nenhuma referência a preservativos, mas a uma mudança de comportamento. “De fato, a prevenção da AIDS deve apoiar-se numa educação sexual que esteja, por sua vez, fundada numa antropologia ancorada no direito natural e iluminada pela Palavra de Deus e o ensinamento da Igreja”, afirma o Papa.
Além da AIDS, Benin, região ocidental do continente, sofre “graves ameaças à vida humana” também por causa da malária e a tuberculose, que “dizimam as populações africanas e comprometem gravemente a sua vida socioeconômica”.
Neste novo documento, o Papa ainda manifesta o seu apoio “a todas as instituições e a todos os movimentos da Igreja que trabalham no campo da saúde, especialmente da AIDS”. Bento XVI incentiva também o desenvolvimento de programas de pesquisa terapêutica e farmacêutica em curso para erradicar as pandemias, e pede que, em vista das situações precárias da população, as autoridades possam tornar os tratamentos e os medicamentos acessíveis a todos.
A ‘Africae Munus’, com uma versão oficial em português, vai ser entregue este domingo aos 35 presidentes das Conferências Episcopais nacionais e aos sete responsáveis das Conferências regionais da Igreja Católica em África.