O Papa Bento XVI chegou ao Estadio Olímpico de Berlim às 18h00 (horário local – 13h no horário de Brasília), onde foi recebido pelo prefeito da cidade, que lhe apresentou o livro de ouro para que o Pontífice registrasse sua presença.
“Permanecer em Cristo significa, como já vimos, permanecer na Igreja. A comunidade inteira dos crentes está firmemente unida em Cristo, a videira. Em Cristo, todos nós estamos conjuntamente unidos. Nesta comunidade, Ele sustenta-nos e, ao mesmo tempo, todos os membros se sustentam uns aos outros. Juntos resistem às tempestades e oferecem protecção uns aos outros. Não cremos sozinhos, mas cremos com toda a Igreja”, disse durante a homilia.
A Missa foi o último compromisso do Santo Padre no dia. Falando mais uma vez sobre o sentido de ser Igreja, tema ao qual se referiu em entrevista aos jornalistas que o acompanharam no voo papal de Roma à Berlim, abordou os riscos de se enxergar a Igreja somente a partir do aspecto exterior.
“Se depois se vem juntar ainda a experiência dolorosa de que, na Igreja, há peixes bons e maus, trigo e joio, e se o olhar se fixa nas realidades negativas, então nunca mais se desvenda o grande e profundo mistério da Igreja”, enfatizou.
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O Santo Padre também recordou a visita de seu predecessor, João Paulo II, que beatificou Dom Bernhard Lichtenber e Karl Leisner no mesmo lugar onde foi celebrada a missa de hoje.
“Pensando nestes beatos e em toda a série de Santos e Beatos, podemos compreender o que significa vive como ramos da videira verdadeira, que é Cristo, e dar muito fruto”, acrescentou o Pontífice.
Meditando sobre a parábola da videira (Jo 15,1), Bento XVI explicou que a videira a qual Jesus se refere é Ele mesmo, cujo os ramos correspondem a cada pessoa, à Igreja que está intimamente ligada à Ele.
“E, neste pertencer um ao outro e a Ele, não se trata de qualquer relação ideal, imaginária, simbólica, mas é um pertencer a Jesus Cristo em sentido biológico, plenamente vital”, disse
Falando ainda sobre a imagem da videira, utilizada por Jesus, ele afirmou que ela também é um sinal de esperança e confiança.
“Ao encarnar-Se, o próprio Cristo veio a este mundo para ser o nosso fundamento. Em cada necessidade e aridez, Ele é a fonte que dá a água da vida que nos sacia e fortalece. Ele mesmo carrega sobre Si todo o pecado, medo e sofrimento”, afirmou.
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