Daniel Machado
Da Redação
As viagens apostólicas a diversos países podem ser consideradas a marca dos pontífices modernos. O primeiro Papa a viajar de avião e visitar os cinco continentes foi Paulo VI, que recebeu popularmente o nome de “Papa Peregrino”. Este termo também foi atribuido a João Paulo II, o qual pode ser considerado o Pontífice com maior número de viagens já realizadas. O Papa polonês, com 20 anos de pontificado, visitou 123 países, somando 1,2 milhões de quilômetros percorridos.
Com oito anos de pontificado e uma idade mais avançada que o seu antecessor quando assumiu a Cátedra de Pedro, Bento XVI, obviamente, não viajou tanto como João Paulo II, mas podemos considerar suas viagens como históricas do ponto de vista espiritual e política, como a visita ao Reino Unido, em 2010, como chefe de Estado do Vaticano, encontro que não acontecia desde que o rei Henrique VIII rompeu com Roma e fundou a igreja Anglicana há cinco séculos.
As viagens de Bento XVI são marcadas também por uma profunda aproximação com as outras religiões e seus líderes, evocando, sempre, em seus discursos, a convivência pacífica entre as religiões e a paz no mundo.
Destacamos, por exemplo, sua viagem à Turquia, em 2006, quando visitou a Mesquita Azul; e também na Alemanha, em 2011; num encontro com a comunidade judaica de Berlim.