Carta papal

Papa ao Jubileu de 2025: preparação com fé, esperança e caridade

Papa enviou carta ao presidente do organismo vaticano que organizará o Jubileu de 2025 propondo muita oração e renovação da esperança nessa celebração

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa na abertura da Porta Santa do Jubileu da Misericórdia em 2015 / Foto: Arquivo – Reprodução CTV-Vatican News

Que o Jubileu de 2025 possa ser preparado e celebrado com fé intensa, esperança viva e caridade operosa. Este é o pedido do Papa Francisco ao presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, por ocasião do Jubileu 2025. A carta papal foi divulgada nesta sexta-feira, 11.

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.: Texto completo da carta do Papa Francisco por ocasião do Jubileu de 2025

Esse próximo Ano Santo constituirá a celebração dos primeiros 25 anos do século XXI, recorda Francisco em sua carta. Uma etapa significativa, segundo ele, foi o Jubileu Extraordinário da Misericórdia, vivido de 2015 a 2016 como redescoberta da força e ternura da misericórdia divina.

Nos últimos dois anos, porém, o mundo vive a realidade da pandemia, lembra o Pontífice. Um período marcado pelo drama da morte na solidão e pela incerteza do futuro, o que mudou o modo de viver, inclusive com um período de fechamento das igrejas.

Esperança

“Temos plena confiança de que a epidemia possa ser superada e o mundo volte a ter os seus ritmos de relações pessoais e de vida social. Isso será conseguido mais facilmente se agirmos com solidariedade efetiva de modo que não sejam negligenciadas as populações mais carentes, mas se possa partilhar com todos quer as descobertas da ciência quer os medicamentos necessários”, frisa o Papa.

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Francisco pede que se mantenha acesa a chama da esperança. E ressalta que esse próximo Jubileu poderá favorecer a recomposição do clima de esperança e confiança e ser um sinal de renascimento do qual se precisa com urgência. “Por isso escolhi o lema Peregrinos de esperança. Entretanto, tudo isso será possível se formos capazes de recuperar o sentido de fraternidade universal, se não fecharmos os olhos diante do drama da pobreza crescente que impede milhões de homens, mulheres, jovens e crianças de viverem de maneira digna de seres humanos.”

O Pontífice também recorda a situação dos refugiados e dos pobres, pedindo que suas vozes sejam ouvidas neste tempo de preparação ao Jubileu. A partir da dimensão espiritual do Jubileu, o convite é combiná-la com os aspectos fundamentais da vida social, de modo a constituir uma unidade coerente. E isso inclui também o cuidado da casa comum. “Almejo que o próximo Ano Jubilar seja celebrado e vivido também com esta intenção.”

2024: preparação em oração

Na conclusão da carta, o Pontífice elenca o ano de 2024 como uma grande “sinfonia” de oração. Ele pede que este seja um ano preparatório, com uma vivência intensa na oração para estar na presença de Deus, agradecer a Ele e levar à solidariedade e partilha. Além disso, pede oração como via mestra para a santidade.

“Em suma, um ano intenso de oração, em que os corações se abram para receber a abundância da graça, fazendo do «Pai-Nosso» – a oração que Jesus nos ensinou – o programa de vida de todos os seus discípulos.”

O que é o Jubileu?

O Jubileu na vida da Igreja foi instituído por Bonifácio VIII em 1300. A proposta é de ser um acontecimento de grande relevância espiritual, eclesial e social. O Jubileu é celebrado a cada 25 anos, podendo também existir um Jubileu Extraordinário, como foi o Ano Santo da Misericórdia. 

Os fiéis vivem o Ano Santo como um dom especial de graça, caracterizado pelo perdão dos pecados e, em particular, pela indulgência. Ao final desse período, a travessia da Porta Santa e a veneração das relíquias dos Apóstolos Pedro e Paulo, guardadas nas basílicas romanas.

 

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