Bento XVI e a juventude: uma aventura de fé e esperança
Em agosto de 2005, a cidade de Colônia, na Alemanha, foi tomada por jovens vindos de várias partes do mundo para participar da 20ª Jornada Mundial da Juventude. O evento, convocado por João Paulo II três anos antes de sua morte, foi realizado com a presença do novo Romano Pontífice, o Papa Bento XVI.
Quem era natural de lá preparou-se para receber seu conterrâneo mais ilustre. Quem não era, aguardava, com curiosidade e entusiasmo, a chegada do mais novo Sucessor do Apóstolo Pedro.
Com 78 anos, na época, o Papa, até então caricaturado injustamente pela mídia e tímido por natureza, teve ali o seu primeiro contato com um grande público de jovens, que juntos, voltaram-se para o Senhor por meio da motivação expressa no tema do encontro: “Viemos adorá-Lo”.
Em seu primeiro discurso no local, o Papa exclamou: “Estou feliz por me encontrar no meio dos jovens para confirmar a sua fé e, se Deus quiser, animar a sua esperança”.
De Colônia aos dias atuais
A frase citada foi apenas o pontapé inicial de todo um caminho trilhado por Bento XVI junto aos jovens ao longo de seus quase oito anos de pontificado; um tempo coroado por discursos fortes e emocionantes que se tornaram verdadeiras “receitas” para uma vida plena e verdadeiramente feliz.
Como não se lembrar das belíssimas mensagens anuais para as Jornadas Mundiais da Juventude vividas nas dioceses do mundo ou das viagens dentro da Itália, as quais, em sua maioria, privilegiaram, na programação, pelo menos um encontro dos jovens com o Papa? Como esquecer-se da solidariedade que o Santo Padre prestou às famílias vítimas do terremoto em Áquila, na Itália, onde jovens universitários foram encontrados mortos sob os escombros? Como sair da memória um Papa que falou aos jovens vocacionados ao sacerdócio e, com o mesmo entusiasmo, proferiu um discurso aos jovens casais de namorados em 2011?
Somente uma grande anestesia espiritual seria capaz de impedir que alguém reconhecesse o quanto Bento XVI amou os jovens e deu a vida também por eles, uma vez que, ele mesmo provou, em sua juventude, o que, de fato, era uma vida cheia de significado.
“Queridos jovens, exorto-vos a não esquecer esta perspectiva no vosso projeto de vida: somos chamados à eternidade. Deus criou-nos para estar com Ele para sempre. Isso vos ajudará a dar um sentido pleno às vossas decisões e a dar qualidade à vossa existência”, Bento XVI na Mensagem para a Jornada Mundial da Juventude, em 2010.
O Papa que mostra o rosto de Cristo ao jovem.
Os jovens podem testemunhar que presenciaram um pontificado brilhante, o qual lhes encheu de brilho. Um brilho que vem de Cristo, mas que passou pelas palavras tão desafiadoras e comoventes de Bento XVI. Além disso, os mesmos jovens perceberam, convencidos pelas palavras daquele que o próprio Deus escolheu para guiar a Sua Igreja, que, verdadeiramente, o Senhor não tira nada, mas dá tudo. A juventude ama o Papa, escuta-o e segue a quem ele aponta: Jesus Cristo.
Um agradecimento
Obrigada, Bento XVI, pelos discursos que, sem dúvida, tiraram-lhe horas de descanso. Obrigada por cada saudação dirigida a nós jovens. Obrigada por sair na sacada dos apartamentos para saudar a juventude que se reunia em frente às nunciaturas apostólicas, cúrias diocesanas e conventos que o hospedaram pelos inúmeros países que passaste. Obrigada por ter permanecido junto a nós em meio àquele temporal, na Jornada Mundial de Madrid, em 2011. Obrigada pela presença de sempre e por fazer aquilo que sabe de melhor: levar-nos para Deus.
Confira o que Bento XVI falou aos jovens
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