Padre Wagner Ferreira celebrou seus aniversário sacerdotal em missa presidida por Dom Alberto Taveira, que o ordenou 25 anos atrás
Jéssica Marçal
Da Redação
Uma celebração festiva e em ação de graças por um sacerdócio exercido no amor e no serviço. Nesta sexta-feira, 27, membros da Comunidade Canção Nova e fiéis se reuniram para celebrar os 25 anos de sacerdócio do padre Wagner Ferreira, presidente da Comunidade e da Fundação João Paulo II. A celebração foi presidida pelo arcebispo de Belém (PA), Dom Alberto Taveira Corrêa, que ordenou o padre Wagner 25 anos atrás.
Dom Alberto disse que acolheu com alegria o convite do padre Wagner para presidir à celebração desse Jubileu de Prata. Em sua homilia, concentrou-se na figura do evangelista João, celebrado hoje pela Igreja. Ele destacou alguns pontos do relacionamento do santo com Deus: o seu chamado, a sua amizade com Jesus, o seu seguimento a Jesus. Figura muito próxima a Nossa Senhora, João foi também instrumento para revelar o que o Evangelho diz ser o mandamento novo: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, lembrou o arcebispo.
Sensibilidade, discernimento, abertura ao outro
Olhando para a vida do santo, Dom Alberto convidou o padre Wagner a repercorrer sua própria trajetória, a começar pelo seu chamado, que o fez deixar de ser militar. “Você já ajudou muitas pessoas a descobrirem e valorizarem o chamado de Deus (…) quantos sacerdotes que passaram pelo seu ministério”, pontuou.
Um dos aspectos da vida de padre Wagner comentados pelo arcebispo de Belém foi sua abertura ao outro. O bispo destacou, nesses 25 anos de vida sacerdotal, a humanidade do sacerdote, sua sensibilidade no trato com as pessoas e a amizade que procura estabelecer com elas. “Eu admiro essa capacidade de se abrir e criar relacionamento de amizade. E aí nós nos tornamos discípulos verdadeiros de Jesus”.
Esses 25 anos foram também um processo de crescimento, observou Dom Alberto. Certamente, um período marcado por lutas e desafios, mas Deus tem dado ao sacerdote a capacidade de lidar com todos eles, inclusive atualmente, quando o sacerdote é o primeiro a suceder padre Jonas Abib na condução da comunidade. “Que você vá dizendo para os membros da Canção Nova: ‘amai-vos uns aos outros’. Que você convide ao amor, à missão, que ajude as pessoas a renunciarem a si mesmas para servirem ao Reino de Deus”, exortou.
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Por fim, Dom Alberto falou sobre a relação do sacerdote com Nossa Senhora. “É bom saber que você se coloca nas mãos de Nossa Senhora. (…) Gostaria que, levando Maria consigo, seja esse que quer reviver Maria no serviço, na disponibilidade, no amor à Igreja e à Canção Nova (…) Desejo que sua vida seja muito frutuosa no seu ministério e tome São João Evangelista como seu amigo”.
Agradecimentos
Ao final da celebração, padre Wagner expressou seus agradecimentos. Em primeiro lugar a Deus, pelo chamado ao sacerdócio. Também recordou familiares e amigos. “Faço memória de tantas e tantas pessoas que, no decorrer dessa trajetória, contribuíram para que eu fosse mais de Deus e da Igreja”.
Na pessoa de Wellington Silva Jardim e de Luzia Santiago, cofundadores da Canção Nova, padre Wagner também deixou sua gratidão a toda a comunidade. Saudou ainda os colaboradores da Fundação João Paulo II, pelo laço de fraternidade criado na missão de evangelizar, os padres e presentes na celebração e todos os que lhe enviaram felicitações.
“Dom Alberto, muito obrigado pelo carinho, de ter respondido ao meu convite e ter vindo lá de Belém do Pará, mas trazendo também essa proteção da Virgem de Nazaré (…) Nós cultivamos uma linda amizade, uma amizade que muito me edifica para Deus.”
Também presentes na celebração, as irmãs do padre Jonas Abib, a quem padre Wagner deixou seu agradecimento. “A presença de vocês aqui também é uma motivação para que eu seja mais Canção Nova a partir do testemunho do padre Jonas Abib nosso saudoso pai fundador”.
Biografia
Natural do Rio de Janeiro, padre Wagner Ferreira tem 53 anos de idade, sendo 32 deles dedicados à Comunidade Canção Nova. É mestre e doutor em Teologia Moral.
Passou pela AMAN (Academia Militar das Agulhas Negras) para seguir carreira militar, mas Deus tinha outros planos para ele. Em 7 de setembro de 1992, o ex-cadete ingressou na Canção Nova, fundada por padre Jonas Abib. Sete anos depois, em 27 de dezembro de 1999, foi ordenado padre na Paróquia Imaculada Conceição e São Sebastião no Rio de Janeiro, por Dom Alberto Taveira. Naquele ano, vivia-se o grande Jubileu de 2000, cujo tema era a misericórdia e o perdão dos pecados. Agora, a Igreja vive, novamente, um ano jubilar, desta vez dedicado à esperança.
O lema sacerdotal do padre Wagner vem do Evangelho segundo São João: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4, 34). Seu sacerdócio é marcado pelo amor à Igreja e à Canção Nova.
Padre Wagner lecionou em cursos ligados à Teologia Moral e Ética Filosófica da Faculdade Dehoniana; e nas disciplinas “Mídia e Igreja”, “Pensamento Social da Igreja” e “Antropologia religiosa”, dos cursos de Filosofia, Jornalismo e Rádio/TV, na Faculdade Canção Nova. Também exerceu o cargo de Formador Geral e auxiliar de formação dos candidatos às ordens sacras na Comunidade Canção Nova, com ênfase na formação dos teólogos.
Na área de comunicação, o sacerdote apresentou diversos programas na Rádio e TV Canção Nova e tem artigos publicados em revistas teológicas, jornais e sites. Pela Editora Canção Nova, publicou quatro livros: “A formação da consciência moral nas Novas Comunidades”; “As Novas Comunidades no contexto sociocultural contemporâneo”; “Comunidade Canção Nova: uma escola de formação”; e “Análise do projeto formativo da Canção Nova”.
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