Especialista fala sobre a importância de descobrir a própria vocação e se empenhar em realizá-la
André Prado*
Considerando as diversas turmas que concluem graduações no país, haverá somente um percentual não muito elevado de profissionais que se destacará no mercado. Boa parte dos graduados apenas fixará o seu diploma na parede e não fará mais nada a não ser reclamar do fato de que a vida não lhe concedeu oportunidades. Outros até conseguirão colocações, mas farão somente o básico todo dia.
Assim como nas organizações, nas salas de aulas percebe-se a existência daqueles que se dividem em muito bons, medianos e uma parte que possui certa dificuldade em atingir o nível da média. Algumas pessoas não encontraram a sua verdadeira vocação, por isso enveredam-se por caminhos tortuosos. É preciso saber ouvir a voz interior e encontrar a missão de vida. Caso não encontre a vocação, é ideal procurar ajuda especializada, de parentes ou amigos que possam apontar possíveis caminhos.
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Não escolha uma formação apenas para agradar alguém ou somente porque lhe disseram que determinada profissão resultará em maiores ganhos financeiros. O mercado é volátil e muda rapidamente. O que hoje está em alta amanhã poderá estar em baixa ou até ser extinto. Certos indivíduos comentam sobre a “sorte” das pessoas de sucesso. Os seres humanos são dotados de inteligência, capacidades, habilidades e competências com vastas potencialidades a serem desenvolvidas.
Considerando que fomos criados à imagem e semelhança de Deus conforme os capítulos iniciais das Escrituras Sagradas, podemos considerar que temos dentro de nós dons outorgados pelo Criador. Entretanto, também fomos dotados de livre arbítrio. Assim cada qual pode se desenvolver e pensar como quiser sem a interferência de ninguém. Deus é tão perfeito que permite até que alguém duvide de sua existência mesmo com todos os indícios de que existe extrema inteligência para a criação do universo. Com o livre arbítrio concedido aos indivíduos, cada qual pode tentar criar o seu destino colhendo os frutos daquilo que plantar. Deste modo, as pessoas podem escolher entre praticar o bem e o mal, o amor e o ódio, a paz e a guerra, tudo com as suas devidas consequências.
Uma pessoa dentro da normalidade pode se desenvolver ou não, mas a inteligência foi-lhe atribuída como a qualquer ser humano. É uma escolha pessoal usá-la como quiser. O que diferencia as pessoas é que algumas se esforçam para mudar e evoluir enquanto outras ficam tentando criar desculpas pelas suas escolhas erradas e até prováveis culpados a serem responsabilizados por não se moverem.
Lamentavelmente estes últimos são desperdícios para o progresso de si mesmos e até da própria humanidade. Já indivíduos batalhadores conseguem canalizar boas energias para convertê-las prol da realização de seus objetivos.
Faça a diferença nas organizações
Jack Welch, ex-CEO da General Eletric (GE), comentou em uma de suas obras sobre o princípio 20-70-10. Em suma este conceito se resume aos profissionais classificados da seguinte forma: os 20% melhores, os 70% medianos e os 10% que ainda não atingiram o desempenho a contento. O sucesso deste ex-presidente da GE está intrinsecamente atrelado à gestão de pessoas, mesmo tendo se graduado em Engenharia Química. Isto era incomum antigamente, pois muitos engenheiros atuavam apenas em problemas específicos da área de formação. Atualmente muitos engenheiros além de buscar atuar na área escolhida, também se interessam por gestão de um modo geral. Quando se consegue gerenciar de forma eficiente e eficaz, fica muito mais fácil de conduzir uma empresa ao sucesso.
Acredita-se que alguns realizam seus feitos por persistência aos seus objetivos enquanto outros nada fazem. Quem é dedicado possui uma capacidade enorme de colocar em prática as suas metas para atingir os seus objetivos. Já aqueles não tão aplicados permanecem esperando com que bifes caiam do céu todos os dias. Estes não conseguem abandonar as frequentes colocações teóricas e tampouco reunir forças, aliados e desenvolver estratégias para conduzi-los ao sucesso em suas ações empreendidas.
Certa vez uma pesquisa apontou que uma parte considerável dos profissionais admitiu a possibilidade de dar mais de si, ou seja, fazer mais do que o básico no dia a dia. Sabe-se que alguns se empenham mais do que os outros, mas todos são capazes de produzir bons resultados desde que se esforcem. Existem profissionais de formações diversas que não fazem o que gostam. Fazer o que não gosta é o primeiro passo para uma vida repleta de frustrações, descontentamentos e insucessos. Persistir em trilhar caminhos que não aprecia faz com que a alma e até o corpo adoeçam. Muitas vezes mesmo realizando o que se gosta já é exigido um árduo esforço, imagine fazendo o que não se gosta.
A vida é curta para perder tempo, portanto escolha algo que goste de fazer, procure desenvolver-se em vários aspectos e dê o melhor de si em tudo o que fizer.
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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D’Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br