Tragédia em Suzano

Um dia depois da tragédia, Suzano vive velórios e enterros

Escolas públicas estaduais e municipais de Suzano suspenderam aulas, e se preparam para acolher alunos

Da redação, com Agências

A população de Suzano, a 57 quilômetros de São Paulo, vive, nesta quinta-feira, 14, um dia de luto e despedida. 

Após a tragédia na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em que dez pessoas morreram e 11 ficaram feridas, a cidade se prepara para o luto oficial de três dias e o velório coletivo, que acontece na Arena Suzano, no Parque Max Feffer. 

Cinco estudantes foram assassinados pelos atiradores Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, que se suicidaram, além de duas funcionárias da escola, e o tio de um dos responsáveis pelo ataque.

Segurança e Assistência

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou, em nota, que os procedimentos de segurança em todas as 5,3 mil escolas do estado serão revisados e está em estudo um projeto para reforço à segurança nas escolas mais vulneráveis.

Em Suzano, as aulas em todas escolas públicas estaduais e municipais estão suspensas até sexta-feira, 15, dia em que professores da rede discutirão as propostas pedagógicas para acolhimento, na próxima semana, dos alunos e comunidade escolar.

A escola em que aconteceu a tragédia será reaberta na segunda-feira, 18, apenas para professores e funcionários. Serão desenvolvidas atividades como acolhimento, preparação e apoio psicológico com apoio do Instituto de Psicologia da USP, técnicos da Secretaria da Educação, entre outros profissionais e especialistas.

Também será mobilizada uma rede de apoio com instituições públicas e privadas para traçar um planejamento e estruturação das atividades de apoio a alunos, familiares, professores, servidores e toda comunidade.

A partir da próxima terça-feira, 19, a unidade será reaberta para comunidade de pais, alunos e professores participarem de projetos pedagógicos na escola. Serão atividades livres, oficinais, apoio psicológico, rodas de conversa, depoimentos e compartilhamento de boas práticas, entre outras atividades. Além disso, toda a estrutura interna será pintada e revitalizada, para mudar o ambiente escolar.

No centro de apoio montado no Bunkyo, profissionais de psicologia e da área de saúde atenderam familiares e comunidade. Somente ontem, cerca de 200 pessoas passaram pelo local.

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