O carisma xaveriano define-se em anunciar Jesus Cristo nos lugares onde Ele ainda não é conhecido

André Cunha
Da redação, com colaboração de Cícero Lemes

No último domingo, 16, a Igreja no Brasil iniciou a semana dedicada aos religiosos e religiosas, no âmbito do mês vocacional celebrado pelos católicos brasileiros. Em âmbito mundial, vive-se o Ano da Vida Consagrada, instituído pelo Papa Francisco para o período de 30 de novembro de 2014 a 2 de fevereiro de 2016.

O número de congregações religiosas no país é grande; umas são mais populares que outras, mas todas elas têm seu grau de importância para a missão da Igreja no mundo.

Uma dessas congregações é a dos Missionários Xaverianos, fundada em Parma, na Itália, no ano de 1895, e presente no Brasil desde 1953. Seu fundador, o bispo Guido Maria Conforti, foi canonizado pelo Papa Bento XVI em 2011.

O carisma xaveriano define-se em anunciar Jesus Cristo nos lugares onde Ele ainda não é conhecido. Sendo assim, e imitando os passos de São Francisco Xavier – santo que inspirou o nome da congregação –, os xaverianos determinaram inicialmente a China como principal campo de missão. O país destaca-se pela intolerância, principalmente à fé cristã.

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.: Outras notícias sobre o Ano da Vida Consagrada

Para o Mestre do noviciado de Hortolândia (SP), padre Alfiero Ceresoli, esta continua sendo uma missão desafiadora, justamente pela realidade do país. Ele conta que, desde que os xaverianos foram para a China, muitos morreram, outros foram expulsos, até que em um determinado período da história a congregação foi extinta no país.

Mesmo assim, os missionários não desistiram e retornaram à China. Porém, hoje, assumem uma postura mais cautelosa, primeiramente apresentando-se não como missionários cristãos, mas como profissionais de diversas áreas, como professor, arqueólogos etc.

“Por meio desses serviços, temos a possibilidade de encontrar os cristãos e quem sabe outros que assumem a nossa fé. Os missionários trabalham de acordo com a especialização. Nesse serviço é que eles estão plantando e difundindo o Cristianismo, sendo transparência de Cristo, sem falar”, explicou.

Os Xaverianos estão em 19 países, em quase todos os continentes, exceto na Oceania. Os confrades são de várias partes do mundo, o que representa uma grande riqueza cultural, segundo padre Alfiero.

Na formação, os religiosos passam pela Filosofia, seguida de um ano e meio de noviciado, um período próprio para conhecer e aprofundar a espiritualidade da Congregação. Depois, o curso de Teologia, dividido em quatros teologias internacionais, cada uma com a sua cultura, mesclando estudantes de vários países.

Padre Alfiero explica que, para ingressar na Congregação, o candidato deve percorrer um caminho de aproximação, conhecimento de si e da instituição, para então iniciar o  primeiro período de formação.

“Quem entra no seminário, não o faz para ser padre, nem irmão, nem xaveriano, mas para fazer a vontade de Deus. Vamos procurar juntos o que Ele quer, como podemos nos realizar em plenitude. Claro que, então, nós vamos convivendo na direção espiritual, no caminho de cada um e, com isso, descobrindo a missão”, disse.

Para aqueles que desejam conhecer melhor a congregação, o padre indica procurar algumas das comunidades xaverianas no Brasil: em São Paulo, eles estão na capital, em Hortolândia e Piracicaba; no Paraná, em Laranjeiras do Sul, Londrina, Curitiba e Nova Laranjeiras; e em Minas Gerais, Coronel Fabriciano. No Pará, os xaverianos estão em Belém, Araguaia, Abaetetuba, Ananindeua, Redenção e na Prelazia do Xingu.

Outra maneira de conhecer os Xaverianos é pelo site da Congregação: www.xaverianos.org.br

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