8 de março

Religiões realizam Ato em defesa dos Direitos das Mulheres

Ato pretende reunir mulheres de todas as religiões em Brasília para um momento de reflexão e uma caminhada celebrativa do Dia da Mulher

Da Redação, com CRB Nacional

Mulheres preparam ato em defesa dos direitos femininos / Foto: Divulgação CRB

Mulheres preparam ato em defesa dos direitos femininos / Foto: Divulgação CRB

“As Religiões pelos direitos das Mulheres” é o tema do Ato que pretende reunir mulheres de todas as religiões na Avenida das Bandeiras, Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no próximo dia 5. O evento tem como ocasião o Dia Internacional da Mulher, que será celebrado em 8 de março.

O Ato, que é organizado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), Fé Bahai, Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Abrawica, Federação Umbanda e Candomblé consistirá em momentos de reflexão e uma caminhada celebrativa do Dia da Mulher.

Pastora Romi Benke, da Igreja luterana / Foto: Divulgação CRB

Pastora Romi Benke, da Igreja luterana / Foto: Divulgação CRB

“Ao celebrarmos o Ano de Hypatia, considerada a primeira mulher que sofreu as consequências da intolerância religiosa, queremos reafirmar nosso compromisso em favor do diálogo, da promoção de uma cultura de paz e, principalmente, chamar a atenção para os altos índices de violência contra a mulher que ocorrem em nosso país. Esta violência é resultado de um sistema que se assegura em pilares patriarcalistas e colonialistas”, explica a secretária-geral do CONIC, a pastora luterana Romi Benke.

De acordo com a pastora, o ato também será um momento para reafirmar a esperança de que religiões precisam colaborar para a promoção de uma cultura de paz. Segundo ela, não há paz enquanto o discurso de negação dos direitos das mulheres não for superado. O que elas querem é que suas vidas sejam valorizadas.

“Todos os anos, muitas mulheres são assassinadas em nosso país. Muitas são mortas por causa do seu engajamento social, citamos o exemplo de Irmã Dorothy e mulheres ligadas a movimentos sociais, outras são mortas por causa da intolerância religiosa, como foi o caso de Mãe Gilda e há outras que são mortas por crimes passionais e violência policial. Não podemos negar esta face pouca positiva de nosso país em relação às mulheres”, concluiu.

Irmã Maria Inês, da CRB Nacional / Foto: Divulgação CRB

Irmã Maria Inês, da CRB Nacional / Foto: Divulgação CRB

“Temos que nos unir pelos direitos das mulheres para conquistar cada vez mais os nossos lugares na sociedade”, relatou a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Irmã Maria Inês Vieira Ribeiro. De acordo com ela, na Igreja Católica as mulheres ainda enfrentam o problema da desigualdade e da discriminação.

A razão pela qual o CONIC lançou o convite à CRB para participar deste evento é, segundo a presidente, pelo fato de que vê as mulheres consagradas como protagonistas de uma nova história que, assumindo trabalhos desafiadores, sem medo vão às periferias da existência humana.

Conforme informações da organização, foram convidados a participar do evento a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Presbiteriana Unida; Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia; Igreja Católica Romana. Também foram convidados alguns organismos e instituições parceiros e autoridades políticas.

Sarau “ Papo de Mulher”

O CONIC também convida todas as mulheres e homens para participar do “Sarau Papo de Mulher”, que será no dia 8 de março às 19h, na Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

De acordo com a pastora Romi, o encontro será um momento de convivência e partilha, bem como uma oportunidade para que novas pessoas abracem a causa ecumênica e de promoção de um mundo menos desigual entre mulheres e homens.

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