Desmatamento na Floresta Amazônica cresce mais de 60% comparado ao passado.
Reportagem de Nathália Cassiano e Gilberto Pereira
O desmatamento na Amazônia cresceu 68% em relação ao ano passado, segundo dados do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Só em fevereiro, foram 81 quilômetros quadrados de floresta derrubada. Em Belém, um projeto busca reverter esse cenário com tecnologia e reflorestamento.
A Amazônia é um dos biomas mais ricos em diversidade, formado por árvores de grande porte. Porém, há alguns anos ela vem sofrendo com a falta de árvores, e esse cenário está se expandindo. As áreas mais desmatadas encontram-se em assentamentos, unidades de conservação e terras indígenas. “Como agora estamos entrando no começo do período seco a gente vai acompanhar essa questão das queimadas, que agora nos próximos meses tende a ficar mais evidente e mais elevado. Então quanto menos umidade se tem na atmosfera, menor é a chance de formar nuvens e consequentemente nuvens de chuva que trazem uma condição melhor de precipitação”, disse a meteorologista da Climatempo, Patrícia Cassoli.
De acordo com o Sistema de Alerta, houve um crescimento de 68% no desmatamento em relação ao ano passado. Só neste ano, foi detectado aumento de 45% no Mato Grosso, 23% em Roraima e 20% no Pará.
Criado no ano de 2023 na cidade de Belém, no Pará, o projeto Amazônia 4.0 traz a proposta de um modelo de desenvolvimento econômico com a conservação e a restauração da floresta.” Com esse cenário de mudanças climáticas globais, os eventos extremos, como nós chamamos, que foi o caso dessa onda de incêndios que aconteceu nos anos de 2023 e 2024, e com o risco que nós temos da Floresta Amazônica perder sua viabilidade ambiental, essa é a coisa mais séria que temos hoje, em termos de meio ambiente de futuro, porque se ela perder sua viabilidade ambiental, e ela já está caminhando para isso, ela começa a morrer sozinha”, concluiu o biólogo, Ismael Nobre.