Avião transportava 81 pessoas, sendo 9 tripulantes; equipe catarinense disputaria a final da Copa Sul-Americana
Da Redação, com Agência ANSA
A polícia colombiana confirmou que 76 pessoas que estavam a bordo do avião que levava o time da Chapecoense morreram no acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira, 29. Havia 81 pessoas no avião, sendo 72 passageiros e 9 tripulantes. O avião caiu no município de La Ceja, perto de Medellín, onde a equipe catarinense disputaria a final da Copa Sul-Americana.
Dos atletas, sobreviveram apenas os goleiros Danilo e Jackson Follmann e o lateral Alan Ruschel. Todo o restante morreu na tragédia. As vítimas do elenco são os laterais Giménez, Dener e Caramelo; os zagueiros Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os meio-campistas Josimar, Gil, Sérgio Manoel, Matheus Biteco, Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.
Alguns atletas não embarcaram com a delegação, como Neném, Hyoran, Martinucico, Nivaldo, Rafael Lima e Demerson, que não vinham sendo usados pelo técnico Caio Júnior, que também faleceu. O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, estava na lista de convidados do clube, mas não viajou.
Entre os 72 passageiros, além dos 22 jogadores, havia 18 membros da comissão técnica, oito da diretoria, três convidados, incluindo o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto Filho, e 21 representantes da imprensa, inclusive o ex-jogador e ex-técnico Mário Sérgio, comentarista dos canais “Fox Sports”.
Repercussão
O presidente do Atletico Nacional, Juan Carlos de la Cuesta, prestou solidariedade ao Chapecoense. Os dois times se enfrentariam amanhã à noite, na final da Copa Sul-Americana, em Medellín.
Em entrevista à rádio Caracol, de la Cuesta disse que prestará toda a ajuda que a Chapecoense desejar “neste momento de dor”. O dirigente contou também que ainda não conversou com ninguém do time brasileiro.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) suspendeu oficialmente o segundo jogo da final da Copa do Brasil, que aconteceria amanhã, por conta do acidente com o avião da Chapecoense.
O presidente do Brasil, Michel Temer, também se manifestou sobre a tragédia. Ele afirmou que a aeronáutica brasileira e o Ministério das Relações Exteriores foram acionados. “O governo fará todo o possível para aliviar a dor dos amigos e familiares do esporte e do jornalismo nacional. #ForçaChape”, escreveu o presidente no Twitter.
“Estamos colocando todos os meios para auxiliar familiares e dar toda a assistência possível. A aeronáutica e o Itamaraty já foram acionados”, informou o presidente, ressaltando que “expressa sua solidariedade nesta hora que a tragédia se abate sobre dezenas de famílias brasileiras”.