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Padres usam as redes sociais para evangelização

Inspirado no apelo do Papa Francisco sobre a importância da “Igreja em saída”, hoje, várias pessoas usam as redes sociais para evangelizar, inclusive os sacerdotes. Essa ferramenta é capaz de atingir milhões de pessoas, em poucos segundos, e por isso pode alcançar muitos corações para mais perto de Deus.

Reportagem de Aline Menezes
Imagens de Sanny Alves, Internet e arquivo

 

 

Confira, a seguir, a íntegra da declaração do padre Peter Lah sobre esse estudo referente à presença dos padres nas redes sociais. Ele explica o contexto do seu livro e as análises levadas em consideração para tal. O sacerdote jesuíta é pró decano da Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. A tradução é de Thaysi Santos:

Padre Peter Lah – O nosso livro: “Navegando no Hiperespaço”, nasceu de um curso que dou na Pontifícia Universidade Gregoriana, um curso em que a maioria dos estudantes é formada por sacerdotes, seminaristas, freiras. Quando começamos a estudar a internet, os meios sociais de modo particular, nos propusemos a nos observar, ver a nós, não somente buscar aprender o que as outras pessoas descobriram, aquilo que as outras pessoas viram. Vamos ver como se apresentam os sacerdotes no facebook e o que fazem nesta plataforma.

O contexto, ou seja, o estudo da internet nos ensinou que não se trata de um instrumento, não é somente uma tecnologia, no sentido mecânico. A internet é uma dimensão da nossa vida, uma realidade que é muito presente na nossa vida cotidiana e de fato não se pode fazer uma separação entre essas duas realidades – a minha vida e a minha vida na internet. Essas duas coisas são muito próximas, não há uma separação entre elas.

Analisamos esses diversos perfis dos sacerdotes e o que encontramos – de um lado descobrimos que a maioria dos sacerdotes se apresenta como sacerdote ou no seu vestir ou ainda através do conteúdo que publicam no facebook, ou seja, não há discordância, o facebook é um espaço onde cada um leva a sua própria identidade, também essa identidade do mundo material.

Por outro lado, descobrimos que o facebook não é muito útil ao nosso trabalho de sacerdote. De fato, pode ser útil para compartilhar a informação. É muito útil aos sacerdotes para gerar um senso de identidade, de pertença a uma comunidade, publicando um post, vídeo, imagem da vida pastoral da comunidade ou de seu trabalho. Então nesse sentido, sobretudo quando se faz bem, quando consegue nutrir, gerar entusiasmo da comunidade e da fé, nesse sentido o facebook pode ser útil. É menos útil para ensinar. É menos útil para criar uma comunidade. A comunicação do facebook é uma comunicação de senso único. Não há uma discussão entre as pessoas, quando estão no facebook elas olham as imagens, aplaudem, dão like, compartilham, comentam. Mas esses comentários, na nossa experiência, na nossa pesquisa, raramente são de substância, são frequentemente o que chamamos de comentários ou interações celebratórias (…) São comunicações que reforçam a identidade e podem reforçar a pertença à Comunidade, podem reforçar a crença que já temos, mas é menos útil para aprender coisas novas ou para encontrar pessoas novas. Essa foi nossa experiência.

A internet é uma dimensão da nossa vida, mas não é uma realidade completamente nova em seu sentido. É preciso habitá-la, estar presente, mas é preciso também entender o limite, não só os pontos fortes, mas sobretudo os limites para a nossa comunidade e também para a evangelização . A evangelização e a vida comunitária do cristão são sempre limitadas no espaço e no tempo, na sua comunidade de fé, na sua paróquia.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

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