Diante da proximidade do Sínodo dos Bispos para a juventude, padre Flávio José comenta desafios, virtudes e necessidades atuais dos jovens
Julia Beck
Da redação
“A juventude é o presente da Igreja”. A frase do pós-graduando em Pastoral Juvenil e assessor do setor Juventude da Diocese de Lorena (SP), padre Flávio José Lima da Silva, retoma o tema que será tratado no próximo Sínodo dos Bispos, que acontecerá em outubro deste ano: a juventude. Entender os desafios, virtudes, necessidades e a vocação do jovem e sua atuação na Igreja e na sociedade, são compreensões que norteiam a complexidade do ser jovem e farão parte das reflexões que envolverão bispos do mundo todo.
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Segundo padre Flávio, são inúmeras as dificuldades vividas pelos jovens no século XXI, entre eles a falta de espaço, credibilidade e atribuição de responsabilidades. “Os jovens precisam de oportunidade para mostrar do que são capazes de fazer, precisamos acreditar neles!”, afirmou. Para o sacerdote, são muitas as virtudes dos jovens que precisam de valorização.
“Eles [jovens] trazem na sua existência a alegria de viver, a vontade de um mundo melhor, têm sempre a ousadia de fazer acontecer, e um potencial que precisa ser colocado a serviço”, comentou o sacerdote, que continuou: “Está estampado no jovem sua força de vontade de querer vencer, de querer ser alguém”. Confira a opinião dos jovens acerca da juventude:
Sem o jovem, padre Flávio frisou que não há prosperidade, pois a juventude é a vitalidade de uma sociedade. Para o assessor do setor Juventude da Diocese de Lorena é importante compreender que todos contribuem para a sociedade, mas que os jovens são fundamentais para o crescimento e a continuidade dela.
O Sínodo dos Bispos convocado pelo Papa Francisco é, de acordo com o padre, uma forma encontrada pelo Pontífice de mostrar para a Igreja e para o mundo que os jovens são os protagonistas de sua história. Pensar em propostas para envolver e ajudar este grupo sem ouvi-los seria inviável, comentou o sacerdote, que reforçou a iniciativa da Igreja em reunir, meses antes do Sínodo, jovens de todo o mundo, na intenção de ouvi-los.
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De acordo com padre Flávio, a Igreja possui pastorais e movimentos que acompanham os jovens dentro de suas possibilidades, mas hoje tem como principal necessidade pessoas capacitadas para ajudar a juventude em seus desafios diários de amadurecimento. “Precisamos auxiliar os jovens e mostrar a eles que são importantes para a história, que fazem parte da sociedade, e como todos os outros, têm voz e vez”, concluiu.
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